Matteo Salvini, o ministro do Interior italiano, voltou a recusar a entrada no país de outro barco que trasportava migrantes. A embarcação tem bandeira holandesa, pertence a uma organização não governamental alemã chamada Lifeline e transporta 224 migrantes resgatados na Líbia.
Salvini usou o Facebook e o Twitter para contar a sua versão dos acontecimentos e acusar a ONG de não respeitar as ordens da Guarda Costeira italiana e líbia.
A Guarda Costeira italiana escreveu-lhes para eu não se movessem, que a Libia tomaria conta do caso, mas estes desgraçados, colocando mesmo em perigo a vida destes migrantes nestes botes, não deram ouvidos a ninguém e agiram carregando à força a valiosa quantidade de seres humanos, de carne humana, a bordo.”
No mesmo direto, no Facebook, Matteo Salvini advertiu as ONG que “não pisarão mais os portos italianos”.
Scafisti e loro complici, l’Italia dice STOP.
— Matteo Salvini (@matteosalvinimi) 21 de junho de 2018
Ridurre partenze e morti, difendere i confini italiani.
Io vado avanti!
🔴 LIVE! 👉🏻https://t.co/MB1TV092Wg pic.twitter.com/pAJYfScii3
Também o ministro dos Transportes e das Infraestruturas, Danilo Toninelli, veio também argumentar que o Lifeline está a atuar “em águas líbias fora das regras do Direito Internacional” e que “embarcaram 250 náufragos, sem ter os meios técnicos para garantir a sua segurança”.
É mais uma polémica, depois de há quase duas semanas os Médicos Sem Fronteiras e a SOS Mediterranée se terem vistos obrigadas a desviar para Valência, em Espanha, um barco com 629 migrantes a bordo, depois de terem estado vários dias à deriva.