Boris Johnson diz que Reino Unido “não pode aceitar” o atual acordo de saída da UE - TVI

Boris Johnson diz que Reino Unido “não pode aceitar” o atual acordo de saída da UE

  • SL
  • 21 ago 2019, 18:46
Boris Johnson

Primeiro-ministro britânico garante que o 'backstop’,mecanismo de salvaguarda para a fronteira irlandesa, “tem de sair” do texto.

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, afirmou esta quarta-feira o Reino Unido “não pode aceitar” o atual acordo de saída da União Europeia (UE) e que o mecanismo de salvaguarda para a fronteira irlandesa “tem de sair” do texto.

O ‘backstop’, esse mecanismo em especial que, penso, terá efeitos graves num país democrático, simplesmente tem de sair”, para evitar uma saída do Reino Unido da UE sem acordo, disse Johnson à imprensa após um encontro em Berlim com a chanceler alemã, Angela Merkel.

Sem o ‘backstop’, insistiu, a negociação de um novo acordo poderia evoluir rapidamente e, assegurou, “existe uma ampla margem” para um bom acordo.

“Só quero ser absolutamente claro com os nossos amigos alemães e com o governo alemão: o Reino Unido quer um acordo”, disse.

Johnson pediu na segunda-feira à UE para reabrir as negociações do ‘Brexit’ e prescindir do mecanismo de salvaguarda da fronteira entre Irlandas, o ‘backstop’, o mecanismo que se destina a evitar a imposição de uma fronteira física entre a Irlanda, membro da UE, e a Irlanda do Norte, província do Reino Unido.

O mecanismo, que mantém o Reino Unido alinhado com as regras do mercado comum até ser assinado um acordo de comércio livre entre o país e a UE, é “inegociável” para os 27 Estados-membros, que o consideram a única hipótese viável de manter a paz na Irlanda.

A posição foi aliás reiterada na terça-feira por Angela Merkel, que frisou a importância do ‘backstop’ enquanto garante da paz na Irlanda, mas admitiu avaliar alternativas “práticas”, para o que, assegurou, não é preciso renegociar o acordo de saída.

A chanceler alemã frisou que a questão do ‘backstop’ se enquadra na relação futura entre a União Europeia (UE) e o Reino Unido, a chamada Declaração Política, pelo que “não há necessidade de reabrir o acordo de saída”.

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