Covid-19: sete mortos após ingestão de antisséptico diluído na Rússia - TVI

Covid-19: sete mortos após ingestão de antisséptico diluído na Rússia

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  • CM
  • 23 nov 2020, 13:16
Hospital de São João prepara-se para "as doenças de inverno"

Há ainda duas pessoas em coma. Líquido continha 69% de metanol, um álcool industrial tóxico

Sete pessoas morreram no sábado e duas ainda estão em coma depois de beberem um antissético diluído na região de Iacútia, no extremo-oriente da Rússia, disseram hoje as autoridades locais de saúde.

No sábado, as autoridades anunciaram que nove residentes da vila de Tomtor adoeceram após beber um líquido antissético, muito utilizado desde o início da pandemia do novo coronavírus, comprado numa loja local.

Três pessoas morreram instantaneamente no sábado, enquanto outras seis foram transportadas para a capital regional, Yakutsk.

Quatro deles morreram no hospital e "duas pessoas continuam em coma e o seu estado continua sem mudanças", disse hoje a assessoria de imprensa do Ministério da Saúde de Yakutia, citado pela agência russa Ria Novosti.

Trata-se de uma mulher de 48 anos e um homem de 32, ambos ligados a respiradores artificiais, disseram as autoridades.

Os investigadores disseram que encontraram um recipiente de cinco litros sem rótulo no local.

A análise revelou que continha 69% de metanol, um álcool industrial tóxico.

Este antissético será retirado do mercado, disseram no domingo autoridades de saúde em Yakutia.

O consumo de produtos de limpeza, parafarmácia ou anticongelante para automóveis está na origem de tragédias todos os anos na Rússia, especialmente nas regiões rurais particularmente desfavorecidas.

Em 2016, mais de 100 pessoas foram envenenadas e 78 morreram na região de Irkutsk (leste da Sibéria) após consumirem um produto de banho com infusão de espinheiro contendo metanol, cujo consumo pode causar cegueira e dificuldades respiratórias fatais.

Se o consumo de álcool diminuiu nos últimos anos na Rússia, graças a importantes medidas públicas, a sua venda voltou a aumentar desde o confinamento imposto pelas autoridades em março para combater a pandemia do novo coronavírus.

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