Covid-19: Espanha ultrapassa China no número de mortes. Já regista 3.434 óbitos - TVI

Covid-19: Espanha ultrapassa China no número de mortes. Já regista 3.434 óbitos

  • BC
  • 25 mar 2020, 10:40

No total de casos, a Espanha está agora com perto de 42 mil infetados

Espanha ultrapassou esta quarta-feira a China continental no número de mortes por Covid-19, tendo alcançado as 3.434 vítimas mortais, avança o El País, citando fonte das autoridades. Na China, registaram-se 3.287 mortes. 

A Espanha torna-se, assim, o segundo país do mundo com mais vítimas mortais do novo coronavírus, só atrás de Itália, que já regista mais de 6.800 mortes.

No total de casos, a Espanha está agora com perto de 42 mil infetados, mais 7937 do que na última atualização do Ministério da Saúde espanhol.

Veja também:

Segundo os números do Ministério da Saúde, Espanha registou, nas últimas 24 horas, 738 mortos com o novo coronavírus e um aumento de 7.937 no número de infetados.

Desde o início da pandemia, o país teve um total de 47.610 casos de covid-19, dos quais 3.434 morreram e 5.367 tiveram alta e são considerados como curados.

A região mais atingida pela covid-19 é a de Madrid, com 14.547 infetados e 1.825 mortos, seguida pela da Catalunha (9.937 e 516), a do País Basco (3.271 e 155) e a de Castela-Mancha (2.780 e 263).

Espanha muito perto do pico da doença

Um responsável do Ministério da Saúde de Espanha considerou em Madrid que a evolução de casos com o novo coronavírus verificada nos últimos dias indica que o país está “muito perto" do pico da pandemia.

"É difícil saber o momento exato em que nos encontramos com os dados que temos. Neste momento, com a evolução do aumento dos casos, se ainda não estamos no auge, estamos muito perto", sublinhou o diretor do Centro de Coordenação de Alertas e Emergências Sanitárias, Fernando Simón.

O responsável do Ministério da Saúde insistiu que o aumento diário das mortes se estabilizou: "O que implica que não estamos longe desse pico nacional", disse.

Fernando Simón defendeu que as tendências observadas indicam que Espanha não está a andar para trás, mas sim a aproximar-se do pico (ponto mais alto) da curva epidémica e que quando o número de novos casos começar a descer é necessário continuar com as medidas e manter "a tensão durante mais tempo", para acabar com a covid-19.

Forças de segurança espanholas pedem proteção eficaz

Os sindicatos e as associações profissionais das forças de segurança espanholas apelaram ao Governo para lhes dar uma "proteção imediata e eficaz" contra o coronavírus, que, de acordo com os seus dados, já afeta pelo menos 9.000 agentes.

Os representantes das Polícias Autónomas, Polícias Locais, Polícia Nacional, Guarda Civil e Forças Armadas enviaram uma carta ao primeiro-ministro, Pedro Sánchez, em que alertam que a situação pode afetar a sua capacidade operacional.

Na missiva insistem, como já o tinham feito na semana passada, que todos os agentes devem ser considerados pessoal de alto risco durante a luta contra a pandemia.

Exigem ainda "a implementação imediata de medidas de proteção eficazes em termos de segurança e saúde no exercício da sua atividade, que é um serviço público essencial, como foi qualificado na declaração do estado de emergência" em que o país está desde 14 de março último.

Os representantes das forças de segurança sustentam que o seu direito a receber essa proteção eficaz "não está a ser respeitado, uma vez que habitualmente não lhes é fornecido o equipamento de proteção individual necessário ao cumprimento da sua missão", que implica um contacto direto com o público.

"Na verdade, sem contar com os possíveis infetados nas Forças Armadas, uma vez que não podem fornecer dados, há cerca de 9.000 pessoas pertencentes às forças de segurança que foram afetadas ou isoladas", sublinham.

Tendo isso em consideração, advertem que, "se não for adotada uma solução rápida e o número de infeções e isolamentos entre os agentes aumentarem, a capacidade operacional das forças de segurança e das Forças Armadas poderá ficar seriamente comprometida".

Para garantir a segurança, exigem que lhes seja fornecido imediatamente equipamento de proteção, que lhes sejam feitos testes rápidos para detetar a covid-19 e, por último, que os seus serviços sejam organizados corretamente.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 400 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram cerca de 18.000.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

O continente europeu é aquele onde está a surgir atualmente o maior número de casos, e a Itália é o país do mundo com mais vítimas mortais, com 6.820 mortos em 69.176 casos.

Os países mais afetados a seguir à Itália e à China são a Espanha, com 2.696 mortos em 39.673 infeções, o Irão, com 1.934 mortes num total de 24.811 casos, a França, com 1.100 mortes (22.300 casos), e os Estados Unidos, com cerca de 600 mortes (mais de 50.000 casos).

Continue a ler esta notícia