Testes comprados por Espanha à China "não detetam os casos positivos como deviam" - TVI

Testes comprados por Espanha à China "não detetam os casos positivos como deviam"

  • AM
  • 26 mar 2020, 11:28
Madrid

Laboratórios de microbiologia dizem que os testes rápidos têm uma sensibilidade de 30% quando deviam ter 80%

Os testes rápidos de coronavírus comprados por Espanha à China não funcionam como deviam. De acordo com o jornal El País, os laboratórios de microbiologia dizem que os testes rápidos adquiridos pelo governo espanhol têm uma sensibilidade de 30% quando deviam ter 80%.

Fabricados pela companhia Bioeasy, sediada em Shenzhen, os testes rápidos foram adquiridos pelo executivo espanhol para começar a ampliar as provas a toda a população para tentar perceber qual a dimensão real de contágio no país. 

Segundo os vários laboratórios dos grandes hospitais do país, os kits chegados de China, os  resultados desses testes preliminares são desanimadores.

"Não detetam os casos positivos como era de esperar", diz uma fonte que pediu o anonimato.

O facto de os testes rápidos terem uma sensibilidade de 30% quando deviam ter 80% fazem com que "não faça sentido usar esses testes",

Perante estas conclusões, o Instituto de Saúde Carlos III; coordenado pelo Ministério da Saúde, comunicou que deve continuar a ser usado o teste atual, o PCR. 

Os testes rápidos, dos quais o governo espanhol comprou 340 mil, funcionam de forma parecida aos testes de gravidez: a amostra recolhida é diluída e depositada num cartucho com uma tira reativa que mostra se é positivo, negativo ou inválido. 

A Espanha regista esta quinta-feira 4.089 mortes por Covid-19, mais 655 do que ontem, superando já os 56 mil casos de contágio, anunciaram as autoridades. 

Nesta altura, estão hospitalizadas 32.912 pessoas, 3.679 em unidades de cuidados intensivos, e 7.015 já tiveram alta.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou perto de 450 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 20.000.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

O continente europeu, com cerca de 240.000 infetados, é aquele onde está a surgir atualmente o maior número de casos, e a Itália é o país do mundo com mais vítimas mortais, com 7.503 mortos em 74.386 casos registados até hoje.

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