O exército israelita reivindicou os ataques aéreos durante a noite contra posições do Hezbollah no Líbano, ao longo da fronteira israelo-libanesa, em "resposta" a tiros disparados pelo movimento xiita contra os seus soldados.
"Houve disparos do Líbano contra soldados israelitas, (...) os soldados responderam com foguetes e tiros, e depois, durante a noite, helicópteros e aviões atingiram as posições do Hezbollah", o movimento xiita libanês, indicou o exército israelita em comunicado.
Horas antes, o exército de Israel tinha anunciado um "incidente de segurança" no norte do país, na fronteira com o Líbano, pedindo às populações locais para tentarem "encontrar refúgio".
O incidente ocorreu junto à comunidade agrícola de Manara, situada a centenas de metros da "linha azul", que define a fronteira entre os dois países, adiantou a força militar numa mensagem à comunicação social, na qual acrescentou que “as estradas foram bloqueadas".
O exército pediu ainda aos residentes de cinco das comunidades que fazem fronteira com o Líbano - Manara, Margaliot, Misgav Am, Yiftach e Malkia - para "cessarem todas as atividades exteriores, "voltarem para casa" e se prepararem "para encontrar refúgio imediatamente, se necessário".
Netanyahu promete resposta “enérgica”
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, considerou de “extrema gravidade” os tiros na fronteira libanesa contra soldados israelitas, prometendo uma resposta “enérgica” a qualquer novo ataque.
“Reagiremos com força a qualquer ataque contra nós”, declarou num comunicado.
“Aconselho o (movimento xiita libanês) Hezbollah a não testar a força de Israel. O Hezbollah coloca uma vez mais o Líbano em perigo devido à sua agressão”, sublinhou Netanyahu.
O incidente aconteceu após o movimento xiita Hezbollah ter anunciado, no sábado, que abateu um ‘drone’ israelita em espaço aéreo libanês.
Em 27 de julho, a área de fronteira entre Israel e o Líbano foi palco de um tiroteio e os residentes israelitas receberam instruções para ficarem em casa, após a milícia xiita libanesa Hezbollah ter ameaçado vingar a morte de um dos seus membros, num ataque atribuído a Israel.
O exército israelita acusou um comando armado do Hezbollah de cruzar a fronteira.
Este acontecimento, que o Hezbollah nega, levantou o estado de alerta na região, onde as forças israelitas reforçaram as tropas.
Poucos dias depois, o exército israelita matou quatro suspeitos de colocarem explosivos na cerca de separação entre a Síria e os montes Golã e, embora as suas identidades não tenham sido confirmadas até agora, não está afastada a possibilidade de estarem ligados ao Hezbollah.
O último incidente tinha ocorrido no dia 07, quando Israel abateu um ‘drone’ que voou do Líbano para o espaço aéreo sob seu controlo nos montes Golã ocupados.