Valerie Amos vai deixar chefia das operações humanitárias da ONU - TVI

Valerie Amos vai deixar chefia das operações humanitárias da ONU

Valerie Amos [Reuters]

A organização internacional não precisou quais são as razões da sua saída

A chefe das operações humanitárias da ONU Valerie Amos, que supervisiona, entre outras ações, os esforços humanitários internacionais na Síria, vai deixar o cargo, anunciou esta quarta-feira o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon.

Valerie Amos, nomeada vice-secretária-geral da ONU para os Assuntos Humanitários em setembro de 2010, vai permanecer no cargo até à nomeação do seu sucessor, segundo explicou um porta-voz adjunto da ONU, Farhan Haq.

A organização internacional não precisou quais são as razões da saída de Valerie Amos, que ao longo dos últimos quatro anos supervisionou grandes operações humanitárias nomeadamente no Iraque, Sudão do Sul e na República Centro-Africana.

«Ela sente que chegou o tempo de seguir em frente», afirmou uma fonte oficial da ONU, citada pela agência noticiosa francesa AFP.

A saída de Valerie Amos ocorre numa altura em que as Nações Unidas tentam lidar com um número recorde de deslocados devido a conflitos: 50 milhões de pessoas.

Ban Ki-moon elogiou a vasta experiência que a antiga secretária de Estado britânica para o Desenvolvimento Internacional, de 60 anos, trouxe para o cargo.

Valerie Amos «ajudou a encontrar soluções para as pessoas que estão a enfrentar as piores experiências das suas vidas», disse o secretário-geral, num comunicado.

Ban Ki-moon sublinhou ainda que Amos «tem defendido incansavelmente as pessoas que no mundo são afetadas por desastres e conflitos».

«Para ela, as pessoas vêm sempre em primeiro lugar», reforçou o secretário-geral da ONU.

O anúncio da saída de Valerie Amos acontece um dia depois da responsável, que também é a coordenadora das operações de ajuda de emergência, ter informado o Conselho de Segurança da ONU sobre os esforços que estão a ser feitos para levar ajuda humanitária aos civis na Síria, país em guerra civil há quase quatro anos.

Valerie Amos pediu mais entregas transfronteiriças de ajuda e exortou os 15 membros do Conselho de Segurança da ONU a pressionarem o regime de Damasco para encontrar uma solução política para o conflito.
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