A juíza conservadora Amy Coney Barrett, nomeada por Donald Trump para o Supremo Tribunal, foi esta segunda-feira confirmada pelo Senado dos Estados Unidos.
Amy Coney Barrett foi escolhida pelo presidente para substituir no Supremo Tribunal norte-americano a progressista e pioneira dos direitos das mulheres Ruth Bader Ginsburg, que morreu no passado mês de setembro.
Barrett foi confirmada por 52 votos a favor e 48 contra. A grande maioria dos senadores votou para confirmar o nome proposto por Trump, exceto a senadora Susan Collins, do Maine, que votou ao lado dos democratas contra a confirmação da juíza.
Barrett consegue assim assegurar uma maioria dos conservadores no Supremo, por 6-3. A longo prazo, a nomeação da juíza poderá ter impacto ao nível dos direitos da imigração ou aborto.
Trump e os senadores republicanos, que representam a maioria no Senado, aceleraram o processo para confirmar a nomeação de Barrett antes das eleições presidenciais.
Juíza do Tribunal de Recurso do 7.º Circuito, em Chicago, devota católica que trabalhou com o antigo juiz conservador Antonin Scalia, Barrett mostrou-se “profundamente honrada” pela confiança demonstrada por Trump, numa cerimónia nos jardins da Casa Branca.
Com 48 anos, caso seja confirmada, Barrett será a juíza mais jovem do Supremo Tribunal dos Estados Unidos, no qual os nove elementos podem permanecer de forma vitalícia.
Trump afirma que nomeação da juíza Amy Barrett é "dia histórico" para os EUA
O Presidente dos Estados Unidos saudou a confirmação da juíza Amy Barrett no Supremo Tribunal, como um "dia histórico para a América", consolidando assim a maioria conservadora nas próximas décadas no mais alto tribunal do país.
Donald Trump elogiou as "qualificações impecáveis", "generosidade de fé" e "caráter dourado" da juíza.
Barrett, 48 anos, foi confirmada na segunda-feira à noite no Senado e apenas uma hora depois foi empossada na Casa Branca por Clarence Thomas, considerado o juiz mais conservador no Supremo Tribunal.
Trabalharei sem medo ou favor. Fá-lo-ei independentemente dos poderes políticos ou das minhas próprias preferências", disse Amy Barrett, num breve discurso em que agradeceu a Trump e aos senadores republicanos.