As autoridades austríacas informaram, nesta sexta-feira, ter recuperado os corpos de 71 migrantes, que foram descobertos, na véspera, já em decomposição, no interior de um camião abandonado numa autoestrada do país.
Tratam-se de 59 homens, oito mulheres e quatro crianças, e entre as vítimas encontravam-se refugiados sírios, adianta a agência Reuters, citando a polícia.
O número, hoje confirmado pelo porta-voz do Ministério do Interior, Alexander Marakovits, supera a estimativa inicial, que apontava para entre 20 e 50 cadáveres no interior do veículo.
Os corpos foram encontrados num camião abandonado na autoestrada A4, entre o lago Neusiedl e a localidade de Pandorf, no estado federado de Burgenland, na fronteira com a Hungria.
As polícias austríaca e húngara lançaram uma operação conjunta para encontrar o motorista do veículo pesado, estacionado durante várias horas na berma da autoestrada, e demais suspeitos envolvidos.
O Ministério austríaco do Interior confirma a detenção de pelo menos um suspeito, no entanto a polícia húngara anunciou, através de comunicado, que deteve três cidadãos búlgaros e um afegão. Foram também realizadas buscas e questionadas cerca de 20 testemunhas, segundo ainda as autoridades da Hungria.
O camião frigorífico, de 7,5 toneladas, tem matrícula húngara e símbolos de uma empresa avícola eslovaca.
As vítimas terão morrido asfixiadas, quando viajavam de forma ilegal, perto das fronteiras com a Eslováquia e a Hungria.
Dezenas de milhares de refugiados das guerras no Médio Oriente, sobretudo sírios e iraquianos, além de afegãos, cruzaram os Balcãs nas últimas semanas tentando chegar à Europa Ocidental.
A Hungria, que tem fronteira com a Sérvia, é o primeiro país da zona Schengen, de livre circulação comunitária, a partir do qual os refugiados tentam chegar a outros países, sobretudo Alemanha, Áustria e Suécia.
Áustria: são já 71 os migrantes encontrados mortos em camião
- Redação
- AM/CM
- 28 ago 2015, 08:23
01:43
A macabra história dos migrantes mortos num camião
Migrantes morrem asfixiados dentro de carrinha
Tratam-se de 59 homens, oito mulheres e quatro crianças, e entre as vítimas encontravam-se refugiados sírios
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