Turquia diz ter fotos e vídeos a provar apoio dos EUA a terroristas - TVI

Turquia diz ter fotos e vídeos a provar apoio dos EUA a terroristas

Cerimónia de inauguração da ponte Yavuz Sultan Selim

Acusação surge no dia em que o cessar-fogo entre Damasco e oposição pode entrar em vigor. O início está marcado para as 21:00. Turquia e Rússia chegaram a acordo, segundo a agência turca Anadolu

O presidente da Turquia, Recep Tayypi Erdogan, acusa a coligação internacional que luta contra os radicais islâmicos, liderada pelos Estados Unidos, de estar a apoiar “grupos terroristas” na Síria.

Estão a dar apoio a terroristas, incluindo ao Estado Islâmico, Unidades de Proteção do Povo e ao Partido da União Democrática. É tudo muito evidente. Temos provas com fotos e vídeos”.

Numa conferência de imprensa em Ancara, Erdogan disse que a coligação está a ajudar o grupo radical Estado Islâmico, assim como os curdos do Partido da União Democrática (PYD) que contam com um braço armado - Unidades de Proteção do Povo - uma milícia curdo-síria que combate no norte do Iraque os jhiadistas.

Esta acusação surge no dia em que a Turquia e a Rússia chegaram a um acordo de cessar-fogo com Damasco e oposicionistas para todo o território sírio e que entra em vigor à meia-noite (21:00 em Lisboa), segundo noticiou a agência turca Anadolu.

No início de dezembro, seis potências pediram o "cessar-fogo imediato" na Síria: Estados Unidos, Canadá, Alemanha, França, Itália e Reino Unido exortaram a Rússia e o Irão a “utilizarem a sua influência” para o conseguir. Há agora alguns desenvolvimentos, mas é preciso esperar para ver se a trégua é respeitada.

Se for, o regime de Bashar Al-Assad compromete-se a iniciar negociações com a oposição em Astana, no Cazaquistão, sob a mediação da Rússia e da Turquia.

Entretanto é também notícia que pelo menos 22 civis, incluindo dez crianças, morreram na sequência de ataques aéreos contra uma aldeia tomada pelo grupo autoproclamado Estado Islâmico no leste do país.

Em Alepo, foram encontradas na segunda-feira valas comuns com corpos torturados. A evacuação da cidade terminou no passado dia 23, com cerca de 35 mil pessoas, entre as quais mais de 8.000 crianças foram retiradas da cidade, numa operação conduzida pelo regime sírio com o apoio da coligação e seguida por várias organizações humanitárias no terreno.

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