Coronavírus: França confirma quinto caso - TVI

Coronavírus: França confirma quinto caso

  • AG
  • 29 jan 2020, 19:34

Estudo confirma que transmissão aos humanos tem origem em animal selvagem

Foi confirmado mais um caso do novo coronavírus em França, aumentando para cinco o número de infetados no país. O anúncio foi feito pela ministra da Saúde do país. Agnès Buzyn falou à televisão BFMTV.

O quinto paciente é a filha de um cidadão chinês de 80 anos que está hospitalizado em Paris e que era um dos quatro casos anteriormente confirmados no país.

Segundo a ministra, ambos os casos estão a ser monitorizados numa unidade de cuidados intensivos de um hospital parisiense.

Esta família chegou a França para fazer turismo no passado dia 23 de janeiro. O homem acabou por se deslocar ao hospital Georges Pompidou no dia 25 de janeiro.

Situada no centro da China, a cidade de Wuhan é o epicentro deste novo vírus, e foi colocada na semana passada sob uma quarentena de facto, com saídas e entradas interditas pelas autoridades durante período indefinido, apanhando os residentes de surpresa.

A interdição foi depois estendida e toda a região de Wuhan encontra-se em regime de quarentena, situação que afeta 56 milhões de pessoas.

A China elevou para 132 mortos e mais de 5.900 infetados o balanço de vítimas do novo coronavírus detetado no final do ano em Wuhan, capital da província de Hubei (centro).

Além do território continental da China, foram reportados casos de infeção em Macau, Hong Kong, Taiwan, Tailândia, Japão, Coreia do Sul, Estados Unidos, Singapura, Vietname, Nepal, Malásia, Austrália, Canadá, Alemanha, França, Finlândia e Emirados Árabes Unidos.

A Organização Mundial de Saúde decidiu voltar a convocar, na quinta-feira, o Comité de Emergência para determinar se o surto do novo coronavírus deve ser uma emergência de saúde pública internacional.

Um estudo genético divulgado esta quarta-feira confirma que o novo coronavírus com origem na China terá sido transmitido aos humanos através de um animal selvagem, ainda desconhecido, que foi infetado por morcegos.

O estudo, conduzido por cientistas chineses, incluindo do Centro de Prevenção e Controlo da Doença da China, analisou o genoma do coronavírus de nove doentes diagnosticados com pneumonia viral, na cidade de Wuhan, onde começou o surto em dezembro.

O trabalho, divulgado na publicação médica britânica The Lancet e que valida em laboratório uma tese assumida por especialistas, sugere que o novo coronavírus, designado provisoriamente pela Organização Mundial de Saúde como "2019-nCoV", teve como hospedeiro inicial um morcego e foi transmitido às pessoas através de um animal selvagem, ainda desconhecido, que era vendido no mercado de animais vivos de Huanan, em Wuhan, capital da província de Hubei, no centro da China.

 

Continue a ler esta notícia