Moçambique: sobe para 38 o número de mortos após a passagem do ciclone Kenneth - TVI

Moçambique: sobe para 38 o número de mortos após a passagem do ciclone Kenneth

  • ALM com Lusa
  • 29 abr 2019, 13:47

Cerca de 30 centros de acolhimento concentram 20.720 pessoas, tendo sido resgatadas das localidades inundadas cerca de 300

As autoridades moçambicanas atualizaram hoje para 38 mortos e 39 feridos, o número de vítimas do ciclone Kenneth na província de Cabo Delgado, num total de mais de 168 mil pessoas afetadas.

De acordo com o mais recente ponto de situação, divulgado hoje pelo Instituto Nacional de Gestão de Calamidades (INGC), a passagem do ciclone Kenneth pela província moçambicana de Cabo Delgado, no Norte, causou 38 mortos, 39 feridos e afetou 168.254 pessoas.

Quase 35 mil casas foram parcial ou totalmente destruídas e 31.256 hectares de culturas afetadas.

Foram ainda destruídas 193 salas de aulas, afetando 21.717 alunos, 14 unidades de saúde e 330 postes de eletricidade.

Os cerca de 30 centros de acolhimento concentram 20.720 pessoas, tendo sido resgatadas das localidades inundadas cerca de 300.

O ciclone Kenneth passou, na semana passada, no norte de Moçambique, causando inundações em várias localidades, depois de em março a zona centro do país ter sido atingida pelo ciclone Idai, que afetou 1,5 milhões de pessoas e provocou 603 mortes.

Número pode subir além dos atuais 38

O número de mortos provocados pelo ciclone Kenneth no Norte de Moçambique pode aumentar acima dos atuais 38, admitiu o primeiro-ministro Carlos Agostinho do Rosário.

Tanto o números de pessoas afetadas [cerca de 166.000] como de mortos podem ser um pouco superiores", referiu o governante em conferência de imprensa, em Pemba, após uma visita de três dias à província de Cabo Delgado.

O primeiro-ministro referiu que o trabalho de levantamento de prejuízos ainda não está terminado.

Nós precisamos de fazer um pouco mais de trabalho para chegar onde devemos chegar. Não conseguimos chegar a locais recônditos de Macomia", distrito que conta já com cerca de 90.000 pessoas afetadas e 31 das 38 mortes contabilizadas.

Deve haver mais problemas" naquele distrito, acrescentou Carlos Agostinho do Rosário.

As estradas que dão acesso aos cais com embarcações para o Ibo continuam cortadas.

Precisamos de compreender melhor a situação quando o tempo melhorar", referiu.

Continue a ler esta notícia