Angola confirma que José Eduardo dos Santos esteve em Espanha por razões médicas - TVI

Angola confirma que José Eduardo dos Santos esteve em Espanha por razões médicas

José Eduardo dos Santos

Filha tinha negado internamento, mas governo de Luanda vem agora confirmá-lo

O Presidente angolano, José Eduardo dos Santos, de 74 anos, regressou esta segunda-feira a Luanda, após uma ausência de 28 dias em Espanha, onde habitualmente recebe tratamento médico, período que ficou marcado pelas dúvidas sobre o seu estado de saúde.

De acordo com o relato da comunicação social pública, presente no aeroporto 4 de Fevereiro, em Luanda, José Eduardo dos Santos foi recebido ao final da tarde desta segunda-feira, para os habituais cumprimentos de boas vindas, pelo vice-Presidente da República, Manuel Vicente, pelo presidente da Assembleia Nacional, Fernando da Piedade Dias dos Santos, e pelo juiz presidente do Tribunal Constitucional, Rui Ferreira, entre outras entidades do Governo.

O governo angolano confirmou esta segunda-feira, pela primeira vez, que o presidente José Eduardo dos Santos estava internado em Espanha por razões médicas.

A confirmação surgiu pela voz do ministro dos Negócios Estrangeiros, Georges Chikoti, em entrevista à RFI.

Há momentos na vida de toda a gente em que não nos sentimos bem. Mas ele está bem. Ele está em Espanha mas, quando melhorar, ele voltará.”

Apesar de admitir o tratamento em Espanha, Georges Chikoti rejeitou comentar os rumores segundo os quais José Eduardo dos Santos teria sofrido um AVC.

O presidente faz check-ups regulares em Espanha, por isso é perfeitamente normal que ele esteja lá."

Recorde-se que, logo após a notícia do internamento, a filha do presidente angolano, Isabel dos Santos, apressou-se a desmenti-la

O chefe de Estado angolano, no poder desde 1979, deslocou-se a 01 de maio a Barcelona, Espanha, para uma visita privada, informou na altura a Casa Civil da Presidência da República, não tendo sido divulgada outra qualquer informação oficial desde então. O adiamento do regresso motivou vários rumores em Luanda, inclusive o da sua morte.

Até esta segunda-feira, o governo e os media estatais nunca tinham comentado este adiamento.

 

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