Início de manhã agitado na cidade de Liège, na Bélgica. Um homem matou dois polícias, do sexo feminino, e um civil, antes de ser alvejado e morto. As três mortes já foram, entretanto, confirmadas pela polícia.
O centro de crise antiterrorista da Bélgica estava a monitorizar a situação, segundo disse o ministro do Interior, Jan Jambon, disse no Twitter.
Pelo caminho o homem fez uma mulher refém, que saiu sem ferimentos da situação, embora ainda não sejam claras as motivações para os crimes e incidente.
Segundo alguns polícias, citados pela imprensa belga, o indivíduo deverá ser Benjamin Herman, que acabou de sair da prisão. Nascido em 1982, teria sido libertado da prisão de Lantin na segunda-feira, embora não se lhe conhecessem delitos graves ou qualquer tipo de radicalismo.
De qualquer modo, investigadores atualmente a averiguar se o indivíduo se radicalizou na prisão, como é frequentemente neste tipo de casos caso.
Imagens nas redes sociais mostraram pessoas a correrem em busca de segurança, na avenida central de Liege, d'Avroy, enquanto se ouvem os tiros e as sirenes como pano de fundo.
#Liege #boulevard #avroy #shooting #fusillade #echanges 2 policiers morts pic.twitter.com/m72CcIzr9A
— QK Pham (@Moon_DEX) 29 de maio de 2018
"Violência cobarde e cega"
O primeiro-ministro belga já condenou o ataque e anunciou que deverá visitar o local, acompanhado pelo rei, Philippe.
“Violência cobarde e cega em Liège. Todo o nosso apoio às vítimas e seus entes queridos. Estamos a acompanhar a situação com os serviços de segurança e o centro de crise”, escreveu Charles Michel na sua conta da rede social Twitter.
Violence lâche et aveugle a #Liège. Tout notre soutien pour les victimes et leurs proches. Nous suivons la situation avec les services de sécurité et le centre de crise.
— Charles Michel (@CharlesMichel) 29 de maio de 2018
Liège, é uma cidade industrial perto da fronteira alemã, na região da Valônia, de língua francesa. Já foi palco de outro tiroteio em 2011, quando um atirador matou quatro pessoas e feriu mais de 100.
A Bélgica está em alerta máximo desde que se soube que albergava uma célula do Estado Islâmico que esteve envolvida nos ataques a Paris em 2015, que mataram 130 pessoas, e de Bruxelas, em 2016, em que 32 morreram.
Condolências de Marcelo
O Presidente da República enviou condolências ao rei Filipe da Bélgica pelo ato de violência em Liège, onde um homem matou dois polícias e um civil antes de ser abatido pelas autoridades.
Foi com consternação que tomei conhecimento do tiroteio que hoje teve lugar em Liège e que resultou em vítimas mortais, incluindo dois agentes da polícia. Os meus pensamentos estão com as vítimas e os seus familiares, em solidariedade fraterna num momento de angústia e dor", escreveu o chefe de Estado.
Na mensagem enviada ao rei Filipe, divulgada no portal da Presidência da República na Internet, Marcelo Rebelo de Sousa transmitiu-lhe, em seu nome e em nome do povo português, "as mais sentidas condolências aos familiares das vítimas, assim como os desejos de rápidas melhoras a todos os feridos".