Boris Johnson quer que os professores possam voltar a bater nos alunos - TVI

Boris Johnson quer que os professores possam voltar a bater nos alunos

  • AG
  • 29 ago 2019, 19:31
Escola

Documentos a que o The Guardian teve acesso mostram os planos do novo primeiro-ministro britânico para a área da Educação

O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, apresentou um novo pacote com quatro bases para a área da educação. Um dos pontos versa sobre a disciplina nas escolas britânicas, que poderão ver regressar o uso da força, segundo mostram documentos a que o The Guardian teve acesso. Um dos pontos prevê a "utilização razoável da força".

Os pilares desta nova lei terão começado a ser construídos pelo antigo secretário de estado da Educação, Damian Hinds, mas, segundo o The Guardian, o documento sofreu algumas adendas, entre as quais a que sugere o regresso da força às escolas do Reino Unido.

O conselho para que professores e funcionários escolares utilizem a força neste tipo de ambientes já estava implícito, mas a utilização de uma frase deste género numa lei pode reforçar a situação, com a intenção de reforçar o poder dos educadores.

O ponto fulcral do documento é o número 16, que afirma que "o Governo apoia os professores na melhoria do comportamento e vai apoiá-los a criar um ambiente seguro e disciplinado nas escolas". Eis a totalidade das propostas para melhorar a atitude dos jovens: "sanções e recompensas; utilização razoável da força; procurar e confiscar objetos aos alunos; impor dias de castigo; suspender ou expulsar alunos; banir os telemóveis".

Segundo dados do departamento de educação do Reino Unido, cerca de 32 mil alunos foram permanentemente expulsos desde o ano letivo de 2013-14. As outras três medidas do documento estão relacionadas com o financiamento escolar e com os salários dos professores. O governo pretende mesmo fazer dos professores uma das classes graduadas mais bem pagas do país. A totalidade das medidas prevê um custo adicional de cerca de 3.5 mil milhões de libras (cerca de 3.8 milhões de euros).

 

Continue a ler esta notícia

EM DESTAQUE