A morte suspeita do jornalista que investigava mercenários russos na Síria - TVI

A morte suspeita do jornalista que investigava mercenários russos na Síria

Fuga de Ghouta

Maxim Borodin, 32 anos, caiu da varanda da sua casa, num quinto andar, não resistindo aos ferimentos. Autoridades falam em suicídio ou acidente, mas colegas e amigos não acreditam

Um jornalista de investigação russo morreu na sequência da queda da varanda de sua casa, num quinto andar, na cidade de Yekaterinburg, nos Montes Urais, em circunstâncias suspeitas, de acordo com a imprensa internacional.

As autoridades acreditam tratar-se de um suicídio, uma vez que a porta estava trancada por dentro, ou de um acidente, teorias que não convencem colegas e amigos de Maxim Borodin.

O repórter, de 32 anos, foi encontrado caído no chão, inconsciente, na última quinta-feira, e levado para o hospital, onde viria a morrer no domingo.

Maxim Borodin escreveu, recentemente, sobre os mercenários russos, conhecidos como o “Grupo Wagner”, que viajaram para a Síria e que terão sido mortos no passado dia 7 de fevereiro, por forças aliadas dos Estados Unidos.

Segundo um amigo, o jornalista ter-lhe-á dito na véspera da queda que viu alguém armado e vestido de camuflado junto ao seu prédio, situação que mais tarde disse não ter passado de um exercício militar.

A chefe de Borodin no jornal Novy Den disse não acreditar que a morte do repórter seja um acidente e muito menos um suicídio.

"Ele estava noivo e ia mudar-se para Moscovo", defendeu Polina Rumyantseva.

Além da investigação ao “Grupo Wagner”, em que Borodin identificou pelo menos três mercenários como sendo da sua região, Yekaterinburg, o jornalista investigava escândalos políticos, casos de corrupção e crime organizado.

Segundo o Comité para a Proteção de Jornalistas (CPJ), organização com sede em Nova Iorque, 58 jornalistas foram assassinados na Rússia desde 1992.

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