Nova Zelândia e França juntam-se para impedir divulgação online de atos terroristas - TVI

Nova Zelândia e França juntam-se para impedir divulgação online de atos terroristas

  • CE
  • 24 abr 2019, 07:45

A primeira-ministra da Nova Zelândia, Jacinda Ardern, vai reunir-se em Paris no próximo mês com o presidente francês, Emmanuel Macron, para discutir como impedir a divulgação online de atos de extremismo violento e terrorismo

A primeira-ministra da Nova Zelândia revelou, esta quarta-feira, que vai reunir-se em Paris no próximo mês com o presidente francês, Emmanuel Macron, para discutir como impedir a divulgação online de atos de extremismo violento e terrorismo.

Jacinda Ardern afirmou ainda que ambos vão pedir aos líderes mundiais e responsáveis de empresas de tecnologia que assinem um compromisso intitulado de "Apelo de Christchurch", assim batizado em homenagem à cidade da Nova Zelândia onde ocorreu um ataque no mês passado.

Contudo, Ardern não divulgou nenhum detalhe sobre o texto do compromisso, alegando que o conteúdo estava ainda a ser definido.

O homem acusado de assassinar 50 pessoas em duas mesquitas de Christchurch transmitiu o ataque, em direto, na rede social Facebook. O vídeo de 17 minutos foi copiado e visto amplamente na Internet, mesmo depois das empresas de tecnologia o terem removido das suas plataformas.

Sri Lanka: primeira-ministra da Nova Zelândia desconhece ligação com atentados em Christchurch

A primeira-ministra da Nova Zelândia disse, esta quarta-feira, que não recebeu nenhum dado oficial do Sri Lanka ou dos serviços de informação que corroborem as alegações de que os ataques foram retaliações ao atentado às mesquitas em Christchurch.

Jacinda Ardern disse aos jornalistas em Auckland que o Sri Lanka está numa fase inicial da sua investigação e que não se encontra em contacto direto com o Sri Lanka.

Os primeiros indícios da investigação sobre os atentados de domingo no Sri Lanka mostram que foram realizados em represália pelos ataques às mesquitas em Christchurch, na Nova Zelândia, disse na terça-feira o vice-ministro da Defesa do Sri Lanka.

As investigações preliminares revelaram que o que se passou no Sri Lanka foram [atos] cometidos em represália aos ataques aos muçulmanos de Christchurch", disse Ruwan Wijewardene ao parlamento cingalês.

O vice-ministro referia-se ao ataque que, a 15 de março, fez 50 mortos em duas mesquitas na cidade no sul da Nova Zelândia.

Um português residente em Viseu está entre as vítimas mortais das oito explosões de domingo que causaram mais de 359 mortos e 500 feridos no Sri Lanka. As autoridades detiveram 58 suspeitos de ligação aos atentados.

A capital do país, Colombo, foi alvo de pelo menos cinco explosões: em quatro hotéis de luxo e uma igreja.

Duas outras igrejas foram também alvo de explosões, uma em Negombo, a norte da capital e onde há uma forte presença católica, e outra no leste do país.

A oitava e última explosão teve lugar num complexo de vivendas na zona de Dermatagoda.

As primeiras seis explosões ocorreram "quase em simultâneo", pelas 08:45 de domingo (04:15 em Portugal).

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