Corpo de Salvador Dalí exumado para testes de paternidade - TVI

Corpo de Salvador Dalí exumado para testes de paternidade

  • RB
  • 26 jun 2017, 15:54

Decisão foi tomada por um juiz depois de uma mulher ter afirmado ser filha do pintor espanhol

Um juiz de Madrid ordenou a exumação do corpo de Salvador Dalí para obter amostras de ADN, com o objetivo de determinar a paternidade de Maria Pilar Abel Martínez, que afirma ser filha do pintor.

O juiz ordenou a exumação, uma vez que não existem restos biológicos ou objetos pessoais que possam ser usados no teste.

De acordo com Maria Martínez, o pintor espanhol teve uma relação extraconjugal com uma criada, a sua mãe, em 1955.

No momento da alegada relação, Salvador Dalí estava casado com Gala Éluard Dalí, mas do casamento não resultaram filhos.

O advogado de Maria Martínez afirmou que ainda não há data para a exumação.

O pintor surrealista morreu a 23 de janeiro de 1989, aos 85 anos, em Espanha. Foi sepultado no Teatro-Museu Dalí de Figueres, Girona.

A Fundação Gala Dalí ainda não comentou o assunto.

Ainda não há data para a exumação, embora tal “possa acontecer no mês de julho”, de acordo com o advogado da alegada filha.

O pedido de averiguação de paternidade foi admitido no tribunal de primeira instância número 11 de Madrid em abril de 2015.

Maria Pilar Abel Martínez, nascida em Figueres em 1956, alega ser fruto de uma relação de Salvador Dalí com a sua mãe, que conheceu em Cadaqués (Girona) quando esta trabalhava como empregada de uma família que passava temporadas naquela povoação.

A mãe ter-lhe-á dito várias vezes que o seu pai era o pintor Salvador Dalí, além disso, uma cuidadora da mãe de Maria Pilar reconheceu que esta contava que manteve uma relação amorosa secreta com o pintor.

Maria Pilar já se submeteu duas vezes a testes de paternidade, mas nunca conseguiu que os resultados lhe fossem entregues.

O primeiro teste foi feito num laboratório em San Sebastián de los Reyes (Madrid), em julho de 2007, com restos de pele e cabelos que estavam agarrados a uma máscara de gesso do pintor, que foi feita pouco depois de este morrer e chegou às suas mãos.

O segundo teste foi feito em Paris, em dezembro de 2007, no escritório de Robert Descharnes, colaborador e biógrafo de Dalí, para comparar amostras de ADN de Maria Pilar com material genético do pintor que Descharnes tinha em sua posse.

 

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