O comando militar do Iraque anunciou esta quarta-feira que 22 mísseis atingiram o território do Iraque detalhando que não há vítimas entre as forças do Iraque.
Entre as 01:45 e as 02:15 (22:45 e 23:15 de terça-feira) o Iraque foi bombardeado por 22 mísseis sendo que 17 foram contra a base aérea de Ain al-Assad e cinco contra a cidade de Erbil”, indica o comunicado iraquiano.
Nos Estados Unidos, o Pentágono confirmou os disparos admitindo ser possível que se tratou de um ato de retaliação pela morte de Soleimani.
Pelo menos um míssil iraniano atingiu a base de Bardarash, a cerca de 50 quilómetros de Erbil, no Curdistão iraquiano.
Donald Trump reagiu ao ataque esta quarta-feira. Garantiu que nenhum soldado americano ficou ferido e afirmou que, enquanto for presidente dos EUA, "o Irão nunca terá armas nucleares".
A vossa campanha de terror não vai mais ser tolerada", disse Trump, sublinhando que ,"nos últimos meses, o Irão apreendeu navios em águas internacionais, disparou um ataque não provocado à Arábia Saudita e abateu dois drones americanos".
Fotografias de satélite tiradas na madrugada do ataque mostram o dano causado pelos mísseis balísticos iranianos à base aérea dos Estados Unidos de Ain Al-Assad.
As imagens foram publicadas pela Planet em colaboração com a NPR e mostram hangares e edifícios momentos depois de serem atingidos pelos misseis.
O dano provocado à base de Ain Al-Assad ganha outra dimensão quando contextualizada com a importância estratégica da base aérea.
Nos últimos dois anos, Trump e o vice-presidente Mike Pence realizaram várias visitas inesperadas à base localizada na província de Anbar, a cerca de 217 quilómetros da fronteira com a Síria.
Em 2018, Trump descreveu a visita à base de Ain Al-Asad, revelando que se sentiu em perigo.
Estava preocupado com a instituição da presidência porque - não propriamente com a minha pessoa - temia pela segurança da primeira dama, digo-vos. Se vissem tudo por aquilo pelo qual tivemos de passar, com o avião às escuras, com as janelas todas fechadas, sem luz”, caracterizou o presidente dos Estados Unidos.
A base de Ain al-Asad foi utilizada pela primeira vez pelas tropas americanas em 2003 durante a invasão que derrubou Saddam Hussein. Mais recentemente, a base recebeu vários militares americanos que estavam estacionados no país para lutar contra o Estado Islâmico no Iraque e na Síria.
Cerca de 1.500 soldados estavam estacionados na base no momento do ataque de Teerão.
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