Pelo menos 35 pessoas ficaram feridas durante um voo da Air Canada, que descolou na quinta-feira de Vancouver, no Canadá, com destino a Sydney, Austrália.
Depois de deixar Vancouver, o voo 33 da Air Canada aterrou em Honolulu, no Havai, devido à turbulência extrema que fez com que alguns dos passageiros atingissem com violência o teto da cabine do avião. "Muitas pessoas bateram no teto, houve muitos gritos", disse Michael Bailey, um dos passageiros, citado pela CNN.
O Boeing 777-200, com 269 passageiros e 15 tripulantes a bordo, tinha passado o Havai há cerca de duas horas quando foi forçado a regressar ao aeroporto de Honolulu para que os feridos recebessem assistência médica. A aeronave voava a 36 mil pés, cerca de dez mil metros, quando a turbulência começou, informou um porta-voz da Federal Aviation Administration, o organismo que supervisiona a aviação civil nos Estados Unidos. Foi atingida por um fenómeno conhecido por CAT na sigla inglesa - Clear Air Turbulence - ou turbulência de céu limpo, que ocorre sem qualquer indicação visual para os pilotos e se deve ao encontro de massas de ar que se movem a diferentes velocidades, não sendo por isso identificável a olho nu nem por qualquer radar convencional.
Havia pessoas a voar", disse um dos passageiros à KHON, uma estação de televisão local. "Houve quem não tivesse os cintos, vimo-los serem atirados ao ar e baterem com a cabeça no teto, portanto foi muito intenso", acrescentou outro.
Alex Macdonald disse à canadiana CBC News que os passageiros ficaram "extremamente chocados".
A violência da turbulência foi tal que as máscaras de oxigénio se soltaram e os carrinhos usados pela tripulação para transportar as refeições rolaram pelo corredor.
A bordo do avião da Air Canada iam também os membros da banda australiana Hurricane Fall, que no Facebook confirmaram que o vocalista tinha sofrido ferimentos no braço e cotovelo. "Foi uma experiência incrivelmente assustadora, mas estamos gratos por estarmos todos bem", escreveram.