Ban Ki-moon despede-se da ONU: "Sinto-me como a Cinderela" - TVI

Ban Ki-moon despede-se da ONU: "Sinto-me como a Cinderela"

Secretário-geral da ONU cessante passa o testemunho a António Guterres, que assume o cargo à meia-noite

Ban Ki-moon cumpre este sábado o último dia como secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU). À meia-noite, António Guterres assume o cargo.

Sexta-feira em Nova Iorque, nos EUA, o sul-coreano que liderou a ONU nos últimos 10 anos despediu-se da equipa das Nações Unidas em tom de conto de fadas.

Ban Ki-moon diz sentir-se "um pouco como a Cinderela". “Amanhã [Sábado] à meia-noite, tudo vai mudar“, acrescentou, fazendo rir centenas de funcionários e diplomatas que se juntaram para a despedida.

Antes de a sua carruagem se transformar em abóbora, Ban Ki-moon terá a honra de assinalar a chegada de 2017 na Times Square, em Nova Iorque, iniciando a tradicional contagem decrescente.

“À noite, em Times Square, milhões vão ver-me a perder o emprego”, ironizou.

A 1 de janeiro, após dez anos na liderança das Nações Unidas, Ban Ki-moon passa o testemunho ao português António Guterres, que entrará na terça-feira, 3 de janeiro — porque segunda-feira é feriado — na sede da ONU, às 09:00 em ponto, para o primeiro dia de trabalho.

Em dez anos, o secretário-geral cessante quis ser “a voz daqueles que não têm voz na matéria” e o advogado “daqueles que são abandonados à sua sorte ou sem defesa”, afirmou, exortando o pessoal da ONU “a continuar”. De entre as suas prioridades, destacou o desenvolvimento sustentável, o combate às alterações climáticas e a defesa da igualdade para mulheres e jovens.

O antigo ministro dos Negócios Estrangeiros sul-coreano tenciona regressar à Coreia do Sul em meados de janeiro e os analistas admitem que se candidatará à presidência do país. Após um longo périplo pelos corredores da ONU, com paragens frequentes para apertar mãos ou responder a aplausos, deixou o edifício a bordo de um Mercedes negro.

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