Pela primeira vez nasceram duas chitas através de fertilização in vitro - TVI

Pela primeira vez nasceram duas chitas através de fertilização in vitro

  • PC
  • 25 fev 2020, 15:43
Chitas nascem, pela primeira vez, através da fertilização in vitro

Especialistas consideram que estamos perante um "grande avanço científico" que pode ajudar uma espécie vulnerável

Pela primeira vez nasceram duas chitas através do processo da fertilização in vitro. Foi a 19 de fevereiro, no Jardim Zoológico Columbus, no estado norte-americano do Ohio. 

Os cientistas do Instituto de Conservação Biológica de Smithsonian e do Columbus Zoo retiraram o sémen de um macho de um centro de vida selvagem do Texas e congelaram-no. Em novembro, retiraram os ovos de uma fêmea, Kibibi, de 6 anos, e fertilizaram-nos com o sémen congelado.

Em declarações à CNN, os especialistas explicaram que a fertilização in vitro e a transferência de embrião foi feita noutra fêmea mais nova, Izzy de 3 anos.

Foi assim, depois de uma gestação que durou três meses, que nasceram as duas crias.

Os especialistas consideram que este foi um “enorme avanço científico” pois há 15 anos que estudam o processo da fertilização in vitro e o da transferência de embriões nas chitas. Esta foi a terceira vez que os cientistas efetuaram este processo, mas a primeira em que o mesmo foi bem sucedido.

 

O sucesso desta técnica significa que há um novo método que pode ajudar a reprodução da espécie. 

É uma grande inovação científica e, por inúmeras razões, é muito melhor porque nos dá mais flexibilidade com material genético limitado. Este é um marco incrível para as chitas, vamos poder aumentar o relógio biológico”, explicou Adrienne Croiser, bióloga do Instituto de Conservação Biológica de Smithsonian.

Nos últimos 50 anos, as chitas extinguiram-se em pelo menos 13 países. Atualmente, devido à destruição dos ecossistemas através da intervenção humana e à caça ilegal, há apenas 7.500 a viver livremente nos seus habitats naturais.

A União Internacional para a Conservação da Natureza considera as chitas espécies vulneráveis, mas um estudo de 2016 apontou que estes animais deviam estar referenciados como ameaçados de extinção.

Continue a ler esta notícia