Cardeal próximo do Papa defende «limpeza» na Igreja - TVI

Cardeal próximo do Papa defende «limpeza» na Igreja

Papa empurrado durante missa

Em causa, estão os sucessivos relatos de abusos sexuais de menores alegadamente praticados por religiosos

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O cardeal Walter Kasper, um colaborador próximo do Papa, defendeu este sábado uma «limpeza» na Igreja através da condenação dos culpados de actos de pedofilia e da indemnização das vítimas.

«Já chega. É preciso fazer a limpeza na nossa Igreja», declarou numa entrevista ao jornal La Repubblica. «Os abusos sexuais de menores por parte de responsáveis do clero são actos criminosos, vergonhosos, pecados mortais inadmissíveis», adiantou o prelado alemão, presidente do Conselho Pontifício para a Unidade dos Cristãos e membro de várias congregações do Vaticano.

Segundo o Cardeal Kasper estes são actos «atrozes e imperdoáveis que devem ser punidos com absoluta firmeza». Na entrevista, o Cardeal dá conta de uma carta pastoral que o Papa irá dirigir à Igreja na Irlanda, mas sugere que esta missiva pode ser estendida a toda a Igreja.

«O problema não apareceu apenas na Irlanda, mas também a Holanda, Alemanha e os Estados Unidos merecem uma análise mais ampla sobre, talvez, a Igreja universal, não um só país» disse o cardeal, acrescentando que era «o Santo Padre a decidir».

O escândalo de pedofilia que envolvia o clero da Irlanda veio a público no final de 2009. Recentemente, foram feitas algumas revelações de abuso sexual numa escola católica na Alemanha, que incluía os cantores de um coro, «Pequenos Regensburg» (Baviera), dirigida entre 1964 e 1994 pelo irmão do Papa, o bispo Georg Ratzinger.

A direcção da escola católica alemã afirma está a investigar as acusações de abusos sexuais que podem ter ocorrido há várias décadas, segundo a imprensa alemã noticiou. Uma pessoa terá contactado um jornal alemão afirmando ter sofrido abusos sexuais na escola na década de 60.

O bispo Ratziger já reagiu e afirmou que enquanto foi director não teve conhecimento de qualquer situação.
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