Num comunicado aos funcionários Costolo afirma: «Nós somos péssimos em lidar com o abuso e com os trolls na plataforma já há muitos anos». O mesmo responsável acredita que os comportamentos de bullying estão a afastar os utilizadores e prometeu tomar medidas mais drásticas para lidar com os agressores.
«Não é segredo nenhum que o resto do mundo fala sobre isto todos os dias. Nós perdemos o usuário do núcleo depois de perdermos o núcleo do usuário, não abordando simples questões de trolling que eles enfrentam todos os dias», afirma Dick Costolo.
A equipa tinha já referido na plataforma que «nem de perto estavam a ser tomadas medidas nessa área». Para mudar a situação, prometeram criar nos meses seguintes mais controlos e melhorar a forma como os utilizadores podem «bloquear» as contas daqueles que são abusivos.
O debate sobre os chamados «trolls da internet» que usam as redes sociais como forma de abusar dos outros, tem vindo a atrair a atenção dos media há já vários anos.
Uma das vítimas foi a filha do ator Robin Williams que apagou a conta do Twitter depois das provocações acerca do suicídio do pai. Sara Payne, cuja filha Sarah foi raptada e assassinada no ano de 2000, afirmou que a mesma tinha deixado o Twitter depois de anos de assédio sexual.
Algumas vítimas conseguem enfrentar os abusadores. Foi o caso da jornalista americana, Lindy West, que escreveu sobre o abuso que tinha sofrido depois de alguém criar uma conta com o nome dos seus falecidos pais. Após a jornalista ter falado do caso, recebeu um email do abusador a pedir desculpa pelo comportamento.
Também Isabella Sorley foi presa após ter publicado mensagens abusivas contra a escritora Caroline Criado-Perez. Contudo, tem tentado fazer as pazes com a vítima através de entrevistas aos media onde afirma estar arrependida pelos seus atos e aconselha os jovens a não cometerem o mesmo erro.