Médico usava “caneta espião” para abusar de crianças doentes - TVI

Médico usava “caneta espião” para abusar de crianças doentes

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Myles Bradbury foi condenado a 16 anos de prisão após admitir os abusos

Um médico britânico, de 42 anos, foi condenado por abusar de crianças com cancro no hospital Addenbrooke's, em Cambridge,  local onde trabalhava há cinco anos, noticia a BBC.

Em 2013, o hospital recebeu uma denúncia de uma mulher que afirmava que Myles Bradbury tinha pedido ao seu neto, de 13 anos, em remissão de leucemia, que ficasse nu e tocasse nos próprios órgãos genitais. Após a queixa, Addenbrooke's solicitou uma investigação sobre o caso e suspendeu o médico.

No entanto, o crime não foi detetado de imediato pelas autoridades, uma vez que, segundo o relatório da Verita, consultoria especializada em investigações no setor público, encomendado pelo hospital, Myles Bradbury usava uma “caneta espião” para fotografar secretamente pacientes seminus e realizava “exames íntimos e criminosos” aos doentes.

O médico ignorava ainda a regra do hospital, de que os pacientes deveriam estar acompanhados durante estes exames, e efetuava várias consultas ao domicílio e fora do horário de trabalho. Para contornar a regra interna, Bradbury pedia aos familiares das crianças para não assistirem à consulta, dizendo que os pais deveriam confiar nos especialistas e que era "essencial para ele ver as crianças sozinho".

Detido em 2013 , o médico britânico foi condenado a 16 anos de prisão, após admitir 25 crimes entre 2009 e 2013, incluindo assédio sexual e posse de mais de 16 mil imagens indecentes. No entanto, o relatório apontou para indícios de crimes anteriores a estes.

Lucy Scott-Moncrieff e Barry Morris, que conduziram a investigação, falaram com Myles Bradbury na prisão. O médico afirma que se arrepende do que fez, e que "não se queria desculpar pelas suas ações", tendo como objetivo falar dos abusos que fez para reduzir o risco de outras crianças serem assediadas no futuro.
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