O atentado suicida do Estado Islâmico em Cabul no sábado causou pelo menos 24 mortos, disse este domingo o governo, num novo balanço.
O anterior balanço apontava para 18 óbitos.
O grupo extremista reivindicou o atentado contra um centro educativo na capital do Afeganistão.
Numa mensagem divulgada nas suas contas de redes sociais, o EI afirma que o agressor “se dirigiu a uma concentração […] em Cabul, onde fez detonar o seu colete de explosivos”.
Pelo menos 57 pessoas ficaram feridas no atentado suicida, incluindo crianças.
A explosão ocorreu ao final da manhã perto de um estabelecimento de formação para estudantes, numa zona do oeste de Cabul, indicou o porta-voz do ministério, Tareq Arian.
O oeste de Cabul é habitado maioritariamente por hazaras, etnia de origem mongol e quase exclusivamente xiita, regularmente alvo do grupo terrorista Estado Islâmico.
O Afeganistão tem vindo a registar um aumento da violência, depois de o Governo de Cabul e os talibãs - movimento fundamentalista islâmico e nacionalista - terem encetado negociações, em setembro, com o objetivo de pôr fim a décadas de guerra, até agora sem grandes progressos.
Na sexta-feira, a organização de defesa dos direitos humanos Amnistia Internacional (AI) lamentou pelo menos 50 mortos na última semana em vários ataques no Afeganistão, acusando Cabul e os rebeldes de não protegerem suficientemente os civis.