Tess Thompson Tally, uma caçadora norte-americana, matou uma girafa na África da Sul e, posteriormente, partilhou uma fotografia ao lado do animal morto e da arma que usou para o matar.
Segundo o USA Today, a caçadora do estado de Kentucky exibiu o resultado da sua "caçada de sonho" - uma girafa negra morta na África do Sul - na sua página de Facebook, mas que já foi eliminada.
Mas a revolta nas redes sociais intensificou-se quando as imagens foram partilhadas pelo jornal Africa Digest no Twitter.
Norte-americana branca (...) vem para África e abate uma girafa rara e negra por cortesia da estupidez da África do Sul. O nome dela é Tess Thompson Tally. Por favor, partilhe.", pode ler-se no tweet da Africa Digest.
White american savage who is partly a neanderthal comes to Africa and shoot down a very rare black giraffe coutrsey of South Africa stupidity. Her name is Tess Thompson Talley. Please share pic.twitter.com/hSK93DOOaz
— AfricaDigest (@africlandpost) 16 de junho de 2018
Depressa, a publicação tornou-se viral e os utilizadores das redes sociais reagiram com críticas ao comportamento da norte-americana.
Muitos utilizadores acusaram Tess de matar apenas por diversão.
#TessThompsonTalley Killing animals for fun is a sign of serious mental illness.
— Terry Skovronek (@adeathmidwife) 26 de junho de 2018
TESS THOMPSON TALLEY.
Where is the fun in killing such a beautiful animal. Why do human beings think it's acceptable to go around killing innocent beautiful creatures, FOR FUN.
Disgraceful name and shame this grotesque excuse for a human being#Tessthompsontalley pic.twitter.com/QjUXWsv8c2
— Jessica Worley (@PinkLunatic1994) 29 de junho de 2018
Depois de todas as críticas, Tess Thompson Tally justificou-se ao canal norte-americano FOX News.
A girafa que eu cacei era da subespécie sul-africana da girafa. O número (de girafas) dessa subespécie está a aumentar devido, em parte, aos caçadores e aos esforços de conservação. A raça não é rara, a girafa é que é velha. Elas acabam por ficar mais escuras com a idade”, disse em entrevista à FOX News.
Tess afirmou ainda que a girafa que matou tinha 18 anos e, por isso, já era muito velha para reproduzir. A norte-americana explicou que noutra ocasião fez o mesmo a três touros, que até eram mais jovens e, isso fez com que o rebanho da zona não dimnuísse.
A isto chama-se conservação", reforçou Talley.
De acordo com o jornal inglês The Express Tribune, Lisa Lange, vice-presidente da associação "Pessoas pelo Tratamento Ético dos Animais" também já reagiu:
A incapacidade desta mulher de se distanciar de outro ser vivo, de reduzir este magnífico animal selvagem a um cadáver, e contentar-se com a sua capacidade de matar... e depois de ainda dizer que o que fez por “conservação” é como dizer que matar pessoas resolve a fome no mundo."
Na página de Facebook dos "Hunters Against PETA", em português "Caçadores contra a PETA", pode ler-se que a girafa vai fornecer cerca de 900 kg de carne para os residentes.