Estocolmo: loja quis abrir com promoção de produtos danificados no ataque - TVI

Estocolmo: loja quis abrir com promoção de produtos danificados no ataque

Armazéns Ahléns, que foram atingidos pelo camião que abalroou a multidão no centro da capital sueca na tarde de sexta-feira, quis reabrir no domingo, mas recuou na decisão. E pediu desculpa

Os armazéns Ahléns, que foram atingidos pelo camião que abalroou a multidão no centro de Estocolmo, na tarde de sexta-feira, quiseram reabrir no domingo com promoções dos produtos danificados no ataque, em que morreram quatro pessoas e outras 15 ficaram feridas.

A conhecida department store sueca reabriu nesta segunda-feira, sem promoções ou artigos danificados, depois de pedir desculpa aos clientes, às vítimas e aos seus familiares e amigos pela decisão “precipitada” de abrir portas naqueles termos.

O anúncio de que iria colocar à venda “produtos danificados pelo incêndio”, que chegou aos clientes através de email, gerou contestação, particularmente na página da Ahléns no Facebook, onde foi acusada de “mau gosto” e de “atitude vergonhosa”, de acordo com a agência de notícias sueca TT.

O administrador dos armazéns viu-se, assim, obrigado a recuar na decisão, pedindo ainda desculpas publicamente.

Queremos pedir perdão aos nossos clientes pela má decisão. Na ânsia de reabrir o mais rápido possível, agimos cegamente. Foi uma má decisão e as más decisões devem ser alteradas. A nossa intenção não foi lucrar com esta difícil situação. Estou francamente triste que seja essa a interpretação”, afirmou o CEO Gustav Ohrn.

O responsável da Ahléns disse, inclusive, que a empresa está a cuidar dos próprios funcionários que ficaram traumatizados no ataque, através da criação de um gabinete de apoio psicológico.

A nossa motivação [para abrir no domingo] advém dos nossos valores e de não deixar que as forças do mal controlem as nossas vidas. Nunca foi para lucrar com os trágicos acontecimentos de sexta-feira", insistiu Ohrn.

Na tarde de sexta-feira, no centro de Estocolmo, um camião, conduzido por um cidadão uzbeque, de 39 anos, abalroou a multidão que se encontrava na Drottninggatan (Rua da Rainha), causando quatro mortos de três nacionalidades diferentes, entre eles uma criança sueca de 11 anos, e 15 feridos, pelo menos quatro em estado grave. 

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