O autoproclamado Presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, ordenou na quinta-feira que se mantenha aberta a fronteira com o Brasil, horas depois de Nicolás Maduro ter decretado o seu encerramento.
Num "decreto presidencial", divulgado na sua conta oficial do Twitter, Guaidó pede aos "órgãos do poder público responsáveis pelos assuntos em questão" que executem o necessário "para manter aberta a fronteira com o país irmão".
#21Feb Decreto presidencial para autorizar el ingreso de la ayuda humanitaria, apertura de toda nuestra frontera, mantenimiento de relaciones con Aruba, Curazao y Bonaire, además de garantías y reconocimiento para miembros de la #FANB que cumplan este mandado y la constitución. pic.twitter.com/OTHZN8iEhW
— Juan Guaidó (@jguaido) February 22, 2019
Horas antes, o Presidente venezuelano, Nicolas Maduro, ordenava o encerramento das passagens de fronteira da Venezuela com o Brasil, admitindo fazer o mesmo na fronteira com a Colômbia.
Decidi (que) no sul da Venezuela (...) a partir das 20:00 de hoje (00:00 de sexta-feira em Lisboa) (...) fica encerrada total e absolutamente, até nova ordem, a fronteira terrestre com o Brasil”, anunciou Maduro, numa reunião com militares no forte Tiuna de Caracas, o maior quartel do país.
Uma parte da ajuda humanitária que os Estados Unidos querem fazer chegar aos venezuelanos encontra-se armazenada em Cúcuta, na fronteira da Colômbia com a Venezuela.
Juan Guaidó, opositor de Maduro e reconhecido por mais de 50 países como Presidente interino do país, prometeu introduzir essa ajuda humanitária na Venezuela no sábado, numa operação para a qual estão mobilizados milhares de cidadãos.
Nicolas Maduro recusa receber essa ajuda, oriunda dos EUA, dizendo que é “um presente podre” e uma “armadilha”, para justificar uma intervenção militar norte-americana na Venezuela.