Simpatizantes de um grupo islâmico radical entraram em confronto com a polícia em duas cidades da Tunísia neste domingo, depois de o governo ter proibido o seu comício anual.
A violência ocorreu na cidade de Kairouan, onde deveria realizar-se a ação política, e também na capital Tunis, onde, segundo testemunhas relataram à Reuters, houve feridos.
O grupo Ansar al-Sharia é o mais radical a surgir na Tunísia desde que o ditador Zine al-Abidine Ben Ali foi derrubado em 2011. O grupo representa um teste para a autoridade do atual governo islâmico moderado.
Em Kairouan, onde eram esperados dezenas de milhares de pessoas na manifestação do Ansar al-Sharia, atiraram pedras contra a polícia, que respondeu com bombas de gás.
A polícia também não permitiu que o grupo, que apoia abertamente a Al Qaeda, fizesse reuniões religiosas no distrito de Ettadamen, em Tunis, mas a proibição resultou em conflito. Os manifestantes cantavam: «O regime do tirano deve cair».
A polícia usou gás e disparou para tentar dispersar os cerca de 500 manifestantes que atiravam pedras e incendiaram carros. Alguns deles substituíram uma bandeira do país pelo símbolo da Al Qaeda.
Tunísia: radicais islâmicos em confrontos com a polícia
- Redação
- FC
- 19 mai 2013, 16:58
Situação ainda muito instável no país
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