Líbia: filho de Muammar Kadhafi libertado da prisão - TVI

Líbia: filho de Muammar Kadhafi libertado da prisão

  • Agência Lusa
  • MJC
  • 6 set 2021, 07:56
Al-Saadi Kadhafi

Al-Saadi Kadhafi esteve mais de sete anos preso e foi libertado após ter sido absolvido nas acusações que remontam à revolta, iniciada em agosto de 2011, contra o governo do pai.

As autoridades líbias libertaram no domingo um dos filhos de Muammar Kadhafi, depois de mais de sete anos de detenção em Trípoli, disse um porta-voz do Governo.

O porta-voz do Governo de transição Mohamed Hamouda disse que Al-Saadi Kadhafi saiu em liberdade da prisão Al-Hadaba, em Trípoli, onde muitos funcionários do antigo regime estão detidos a aguardar julgamento, sobretudo devido à repressão da revolta de 2011, que derrubou o governante e levou à sua morte.

Hamuda não explicou as circunstâncias da libertação do filho do antigo líder, mas indicou que a ordem judicial para a libertação tinha já dois anos.

Os meios de comunicação locais noticiaram que Al-Saadi foi libertado após ter sido absolvido nas acusações que remontam à revolta, iniciada em agosto de 2011, contra o governo do pai.

De acordo com o 'site' de notícias Al-Marsad, Al-Saadi terá viajado para a Turquia.

Na revolta de 2011, Al-Saadi chefiou uma brigada das forças especiais envolvida na repressão contra manifestantes e rebeldes e posteriormente fugiu para o Níger em 2011, de onde foi extraditado, em março de 2014, por "não ter respeitado as condições da estada" no país, de acordo com as autoridades.

Durante o regime de Kadhafi, Al-Saadi era conhecido pelo estilo de vida luxuoso e jogou na liga de futebol da Líbia. Em várias ocasiões, dirigiu a federação de futebol e a seleção líbias.

A Líbia, rica em petróleo, mergulhou no caos após uma revolta apoiada pela NATO em 2011, que derrubou o ditador de longa data Muammar Kadhafi e dividiu o país entre um Governo apoiado pela ONU em Tripoli e autoridades rivais sediadas no leste do país, cada lado apoiado por uma série de milícias locais, bem como por potências regionais e estrangeiras.

Em dezembro, a ONU estimou em cerca de 20.000 o número de mercenários e combatentes estrangeiros na Líbia.

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