"O islão não é uma religião de terroristas" - TVI

"O islão não é uma religião de terroristas"

  • AM
  • 28 abr 2017, 19:43
Al Tayeb

Imã de Al Azhar, instituição de referência para os muçulmanos sunitas, assegurou que nem o islão, nem o cristianismo nem o judaísmo “são religiões terroristas” por causa de ações de alguns dos seus fiéis

O imã de Al Azhar, instituição de referência para os muçulmanos sunitas, Ahmed Al Tayeb, assegurou esta sexta-feira que nem o islão, nem o cristianismo nem o judaísmo “são religiões terroristas” por causa de ações de alguns dos seus fiéis.

O islão não é uma religião de terroristas só porque uma minoria que interpretou mal algumas leis começou a aterrorizar inocentes”, disse Al Tayeb durante uma conferência de paz celebrada no Cairo na qual participou o papa Francisco.

Depois de se reunir com o papa Francisco, Al Tayeb também sublinhou a principal causa dos problemas que o mundo enfrenta “é o tráfico e o comércio de armas”.

Al Tayeb acrescentou que “a única solução (para avançar para a paz) é recuperar a consciência perante a mensagem de três religiões monoteístas".

O papa Francisco, que iniciou esta sexta-feira uma viagem de dois dias ao Egito, apelou para que os líderes religiosos reunidos no Cairo digam um “forte e claro não” a toda a violência em nome de Deus e alertou para “a instrumentalização” da religião por parte do poder.

Repitamos um `forte e claro não´ a qualquer forma de violência, vingança e ódios cometidos em nome da religião ou em nome de Deus”, disse o pontífice numa conferência internacional de paz que hoje termina na capital egípcia.

O papa advertiu neste encontro organizado pela Universidade de Al Azhar, instituição de referência para os muçulmanos sunitas, que os responsáveis religiosos são chamados a “desmascarar a violência que se veste de uma suposta sacralidade”.

Na visita que esta a realizar ao Egito, Francisco vai deslocar-se num veículo não blindado e segundo o porta-voz do Vaticano, Greg Burke, as medidas de segurança serão iguais às de outras viagens do papa.

A deslocação ao Cairo, adiantou Greg Burke, tem um triplo significado: pastoral, de encontro com a comunidade católica local; ecuménico, através de reuniões com os cristãos coptas; e inter-religioso porque prevê encontros com representantes muçulmanos.

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