Noivas recebem bastões para bater nos maridos - TVI

Noivas recebem bastões para bater nos maridos

Noivas indianas recebem pás de madeira do governo

Oferta é de um ministro indiano, para as mulheres lidarem com os homens quando eles se embebedam e se tornam violentos. Fica a promessa de que a polícia não intervirá

As mulheres indianas têm não só luz verde para se defenderem dos maridos violentos quando bebem demais, como um ministro de Estado decidiu oferecer-lhes pás de madeira para esse efeito.

A oferta, original e algo insólita, teve como destinatárias 700 noivas num mega casamento conjunto organizado no estado de Madhya Pradesh, no último sábado. Veio acompanhada do pedido do ministro da justiça social e do desenvolvimento rural, Gopal Bhargava, para que utilizem a pá como uma arma de defesa quando os maridos estejam bêbedos ou tenham comportamentos abusivos.

Para além da inscrição "para bater em bêbedos", as pás também contêm uma promessa, de que "a polícia não vai intervir".

Com esta iniciativa, o governante quer chamar a atenção para a situação das mulheres, sobretudo nos meios rurais, que enfrentam abusos por parte dos maridos alcoólicos.

As mulheres dizem que quando seus maridos se embebedam tornam-se violentos. As suas economias são-lhes tiradas e o dinheiro é gasto em álcool. Não há intenção de provocar mulheres ou instigá-las à violência. O bastão é para prevenir a violência", disse à AFP.

O ministro apela que tentem sempre dialogar com os maridos, primeiro, mas se estes recusarem ouvir, as mulheres têm o direito de partir para a ação e repreendê-los fisicamente.

No total, há cerca de 10 mil pás para distribuir a mulheres recém-casadas.

Foi precisamente no estado de Madhya Pradesh, que a Gang Gulabi --um grupo de vigilantes femininas vestidas de saris cor-de-rosa que carregavam varas de madeira -, lançou recentemente uma campanha para acabar com a venda de álcool e fechar negócios ilegais.

Muitos estados indianos avançaram com campanhas anti-álcool nos últimos anos, com ações efetivas como a restrição ou até mesmo proibição de venda. Tudo para tentar conter a violência alimentada pela bebida. O efeito contraproducente dessas medidas poderá ser a produção ilegal caseira (e muitas vezes mortal) de álcool. 

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