Alemã de 87 anos condenada a dez meses de prisão por negar Holocausto - TVI

Alemã de 87 anos condenada a dez meses de prisão por negar Holocausto

Ursula Haverbeck, conhecida negacionista no país, continua a afirmar que o genocídio dos judeus pelos nazis é "a maior e mais longa mentira” da História mundial

Uma conhecida negacionista alemã, de 87 anos, foi condenada a dez meses de prisão por um tribunal de Hamburgo, por ter declarado que o genocídio dos judeus pelos nazis era "a maior mentira" da História, noticia, nesta sexta-feira, a imprensa alemã.

Ursula Haverbeck, autora e revisionista histórica, dedicada particularmente à reinterpretação do Holocausto, foi condenada na quinta-feira por "incitação ao ódio" depois de ter declarado em abril, durante o julgamento do antigo contabilista do campo de concentração de Auschwitz, Oskar Groening, que o Holocausto era "a maior e mais longa mentira” da História mundial.

Durante a audiência, Ursula Haverbeck qualificou a legislação alemã, que penaliza a incitação ao ódio e a negação do crime contra a humanidade, uma "lei destinada a perpetuar uma mentira", insistindo que Auschwitz nunca foi um campo de extermínio.

De acordo com o Bild, que a identifica como a "avó nazi", Ursula Haverbeck vai recorrer da sentença, que, pela primeira vez, contempla a prisão, depois de ter sido já condenada várias vezes.

Ursula e o marido Werner Georg Haverbeck, um militante de extrema-direita morto em 1999, fundaram, em 1963, em Vlotho (centro da Alemanha), um alegado estabelecimento de ensino com a reputação de formar negacionistas, que acabou por ser proibido pelas autoridades em 2008.

Até 1945, seis milhões de judeus foram exterminados pelos nazis, tendo cerca de um milhão morrido em Auschwitz.
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