O que os alemães estão a dizer da Grécia - TVI

O que os alemães estão a dizer da Grécia

Varoufakis e Schäuble

Imprensa alemã reage com reservas a acordo

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A imprensa alemã reagiu hoje com reservas ao acordo sobre a extensão do plano de ajuda à Grécia alcançado em Bruxelas, considerando que segunda-feira, dia em que o Governo helénico apresenta as suas medidas, é o dia decisivo.

«O próximo passo cumpre-se em breve» - entitula o periódico económico «Handerlsblatt» na sua edição digital, considerando que o acordo entre a Grécia e os credores é um raio de esperança para o país devedor, ainda que realçando que ainda não se resolveu nada, já que tudo depende do que vai acontecer na segunda-feira.

«Êxito de Schäuble. Os gregos cedem», lê-se na manchete do diário «Bild», manifestando o seu ceticismo acerca da solução do problema da dívida grega.

«Os gregos prometem. Aguardemos. Oxalá cumpram desta vez», salientou o jornal num artigo em que considerou que «não há razões para festejos» porque «o perigo de que Tsipras [primeiro-ministro helénico] tente burlar com novos truques as decisões de Bruxelas é demasiado grande».

Na mesma publicação, o ex-ministro das Finanças alemão Theo Waigel defendeu que para o euro e para a Europa uma saída de Atenas da União Monetária não seria uma catástrofe, mas sim para a Grécia.

Já o «Frankfurter Allgemeine» traz como manchete a referência ao dia em que o Governo do Syriza vai apresentar a sua lista de reformas: «Na segunda-feira vem o sério».

E salientou: «A Grécia e o eurogrupo conseguiram alcançar um acordo que podiam ter fechado há dez dias».

O jornal coloca em causa as possibilidades de êxito do compromisso, frisando que a primeira prova de fogo passa pela apresentação por parte do Governo grego dos seus planos concretos de reforma e a segunda quando se verificar se os planos se tornam realidade ou se ficam no papel.

«Europa ganha tempo», intitula o «Süddeutsche Zeitung» na sua edição digital, considerando que «a linha dura na negociação com a Grécia é importante porque não se trata só de dinheiro, mas sim da luta entre as forças populistas e as forças moderadas da Europa».
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