Vila sem infraestruturas torna-se casa para 750 refugiados - TVI

Vila sem infraestruturas torna-se casa para 750 refugiados

Migrantes e refugiados (Reuters)

Sumte é uma pequena vila agrícola alemã, com 102 habitantes, sem escolas, polícia, bombeiros ou transportes públicos. Contudo, esta segunda-feira, viu a sua população crescer 700%

Para tentar alojar os milhares de refugiados que chegam à Alemanha, o governo está a tomar algumas decisões controversas. Entre elas, a de alojar 750 refugiados numa pequena vila, sem quaisquer infraestruturas.

Sumte é uma pequena vila agrícola, com 102 habitantes, sem escolas, polícia, bombeiros ou transportes públicos. Contudo, esta segunda-feira, viu a sua população crescer 700%, quando um grupo de refugiados foi deslocado para a região.

Mas, ao que tudo indica, podem ainda chegar mais pessoas nas próximas semanas. O número de refugiados pode vir a ser 10 vez maior do que o de habitantes naturais de Sumte.

De acordo com o New York Times, Christian Fabel, o presidente da vila, afirmou que recebeu um e-mail, que viu como uma “piada”, a confirmar a chegada de 1.000 refugiados a Sumte.
 

“Certamente não pode ser verdade. Temos zero infraestruturas aqui. Os transportes públicos mal existem”.


Segundo o The Independent, os residentes reuniram-se para discutir a possibilidade de criar uma esquadra policial, que esteja permanentemente em funcionamento e uma unidade específica para monitorizar os refugiados. As propostas, no entanto, já foram rejeitadas pelo chefe da polícia distrital, que considerou as medidas “excessivas”.

As autoridades estão preocupadas com a possibilidade de surgir um movimento contra os imigrantes, na região. Um habitante de Sumte alertou ao New York Times que a situação pode ser “uma plataforma ideal para a extrema-direita”.

Entretanto, o governo já pediu a 16 estados que cedam edifícios abandonados, escolas e ginásios que não estão a ser usados, para alojar os refugiados.

A Alemanha deve receber mais de um milhão de refugiados, até ao final deste ano. Em 2015 foram enviados 75.000 pedidos de asilo, um número quatro vezes superior ao de 2014.
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