Navalny: testes provam uso de agente neurotóxico da era soviética - TVI

Navalny: testes provam uso de agente neurotóxico da era soviética

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  • 2 set 2020, 15:39

Executivo vai informar os seus parceiros da União Europeia e da NATO sobre os resultados dos testes

O governo alemão avançou esta quarta-feira que testes realizados a amostras retiradas ao opositor russo Alexei Navalny, internado em Berlim, provam sem equívoco a presença de Novichok, um agente neurotóxico da era soviética.

Num comunicado, o porta-voz do executivo alemão, Steffen Seibert, precisou que testes realizados num laboratório militar alemão especializado em farmacologia e toxicologia mostraram a presença de “um agente químico nervoso do grupo Novichok”.

O mesmo porta-voz declarou ainda que o executivo liderado pela chanceler alemã, Angela Merkel, irá informar os seus parceiros na União Europeia (UE) e na NATO sobre os resultados dos testes.

E acrescentou que Berlim irá consultar os parceiros, em função da resposta da Rússia, “sobre uma resposta conjunta apropriada”.

Principal opositor do presidente russo, Vladimir Putin, conhecido pelas investigações anticorrupção a membros da elite russa, Alexei Navalny, 44 anos, está internado, em coma, desde 20 de agosto.

O político sentiu-se mal durante um voo de regresso a Moscovo, após uma deslocação à Sibéria.

Foi primeiro internado num hospital de Omsk, na Sibéria, tendo sido transferido, posteriormente, para o hospital universitário Charité, em Berlim.

Na semana passada, os médicos alemães indicaram que Navalny apresentava indícios de ter sido envenenado por "uma substância do grupo dos inibidores de colinesterase", substâncias estas que podem ser encontradas em medicamentos, mas também em inseticidas e em agentes nervosos, sem conseguirem precisar qual.

O hospital pediu a colaboração do laboratório militar de farmacologia e toxicologia de Munique (Baviera), no qual trabalham os maiores especialistas alemães em substâncias tóxicas e agentes químicos.

Este grupo de agentes nervosos, conhecidos como Novichok, está associado ao caso de Sergei Skripal, um ex-espião russo, e da sua filha Yulia que foram envenenados em 2018 no Reino Unido.

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