Cerca de mil homens do Exército e da Polícia da Colômbia mataram o líder das FARC «Alfonso Cano» numa acção com bombardeamentos e perseguições que o Governo já classificou como a «maior operação» em 50 anos.
«Alfonso Cano» vivia há cerca de dois meses no sudoeste do país, em Cauca, quando na sexta-feira foi surpreendido por uma operação militar intitulada operação «Odisseia»: Depois de um bombardeamento, cerca de mil homens das forças de segurança do Estado atacaram uma área rural conseguindo aniquilar o líder máximo das FARC quando fugia do ataque, contou o ministro da Defesa, Juan Carlos Pinzón.
A operação conjunta de bombardeamento das Forças Militares e da Polícia tinha começado há já vários dias «mas só se concretizou a partir das 8:30» de sexta-feira, avançou o ministro.
«Alfonso Cano» abatido na sexta-feira era um intelectual de classe média que chegou a líder máximo das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia após a morte do seu lendário co-fundador, «Tirofijo» Murulanda, em 1990.
«Cano», de 63 anos, cujo verdadeiro nome era Guillermo Saenz Vargas, estudou antropologia na Universidade Nacional de Bogotá antes de entrar na Juventude Comunista, e ter-se-à juntado às FARC na década de 1970.
Começou por liderar as negociações de paz com o governo colombiano, realizada em Caracas (Venezuela) em 1991 e em Tlaxcala (México) em 1992.
Com a morte do chefe máximo das FARC, a guerrilha colombiana está perante um caminho incerto que pode provocar uma onda de deserções.
O presidente colombiano Juan Manuel Santos confirmou a morte de Alfonso Cano, e pediu a desmobilização da guerrilha. «A morte de Alfonso Cano foi confirmada. Infligimos o maior golpe na história daquela organização», declarou o presidente durante uma declaração na televisão.
Juan Manuel Santos afirmou que «devemos insistir até que os colombianos possam ter um país em paz».
Colômbia: foram precisos mil homens para matar líder das FARC
- Redação
- 5 nov 2011, 10:59
Cerca de mil homens do Exército e da Polícia da Colômbia mataram «Alfonso Cano»
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