Carne de vaca: Coimbra, depois de Cambridge - TVI

Carne de vaca: Coimbra, depois de Cambridge

Universidade de Coimbra (Lusa/Paulo Novais)

A decisão da Universidade de Coimbra de banir a carne de vaca das suas ementas já tinha sido aplicada anteriormente na Universidade de Cambridge, onde a emissão de dióxido de carbono desceu um terço

No início desta semana, a Universidade de Coimbra anunciou que ia banir a carne de vaca de todas ementas utilizadas na instituição. De reações de apoio até ao surgimento de críticas, esta é uma questão que está a ter muita atenção, também do poder político.

Para a presidente do CDS, Assunção Cristas, banir o acesso à carne de vaca é tão “ilegítimo” como acabar com as refeições vegetarianas. Do outro lado da barricada, o PAN considerou “um sinal positivo” a decisão do reitor da Universidade de Coimbra de eliminar das cantinas a carne de vaca, “a espécie que tem mais impacto” ambiental.

Acontece que, numa das melhores universidades do mundo, a carne de vaca, bem como a de borrego, já foram abolidas em 2016, numa implementação que permitiu àquela instituição reduzir em um terço a emissão de carbono desde então. O estudo foi publicado a 10 de setembro e é apresentado pela própria Universidade, onde 14 cantinas servem cerca de 1500 estudantes todos os anos.

A sustentabilidade é muito importante para os nossos alunos e funcionários e queremos garantir que, não apenas respondemos às suas necessidades, como também promovemos um ambiente de restauração cada vez mais amigo do ambiente", pode ler-se no site da instituição.

Depois do sucesso da medida em Cambridge, também a Universidade Goldsmiths, em Londres, está a seguir-lhe as pisadas. Hambúrgueres e garrafas de plástico parecem ser os alvos do estabelecimento de ensino.

Hambúrgueres de carne e água engarrafada vão passar à história no campus da universidade de Londres Goldsmiths a partir deste ano letivo"informou a escola, ainda em agosto.

A Goldsmiths adota ainda outras medidas. A partir de dezembro, a instituição deixará de atribuir fundos a empresas que tenham mais de 10% dos seus lucros provenientes da extração de combustíveis fósseis. O objetivo daquela universidade passa por atingir a neutralidade carbónica em 2025, o que é definido como "um grande desafio".

 

 

 

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