Dezenas de aves foram encontradas mortas, este domingo à tarde, numa estrada perto da petroquímica de Tarragona, em Espanha, onde houve uma explosão em janeiro.
Cerca de 100 pássaros apareceram mortos na autoestrada que liga Tarragona a Salou, num raio de dez metros.
As autoridades receberam várias chamadas a alertar para a ocorrência a meio da tarde e dirigiram-se para o local.
O incidente está a ser investigado pelos Agentes Rurais, mas já foi descartada a hipótese de ter sido causado por uma nuvem tóxica com origem na petroquímica. Não foi registado qualquer acidente químico ou fuga de produtos químicos na região, nas últimas horas.
Uma das possibilidades em cima da mesa é os pássaros terem morrido atropelados por um veículo. No entanto, a organização não governamental da Catalunha SEO-Birdlife considera que essa é uma teoria "singular". A porta-voz da organização, Cristina Sánchez, lembrou ao jornal El País que embora "os estorninhos voem a baixa altitude", é estranho as aves terem sido atropeladas e "não estarem despedaçadas".
Se descartam a nuvem tóxica, temos de acreditar nisso, mas é estranho porque não vemos os animais despedaçados."
Cristina Sánchez defende que, se a possibilidade da nuvem tóxica é excluída, é necessário averiguar se os animais morreram envenenados através de outro tipo de contaminação.
O grupo ambientalista Gepec partilhou mensagens nas redes sociais, afirmando que está à procura de testemunhas que saibam o que aconteceu.
⚠️ Ocells morts avui a l'autovia entre Salou i Tarragona, vora el polígon sud de la petroquímica, amb testimonis parlant també de fortes olors.🐦☠️🏭 Si tens qualsevol informació contrastada, escriu-nos al correu defensaambiental@gepec.cat. Gràcies!
— GEPEC-EdC (@gepecedc) February 16, 2020
📷: Autor/a desconegut/da pic.twitter.com/RZuVo8NfR3
A explosão na petroquímica de Tarragona Industrias Químicas del Óxido de Etileno (IQOXE) ocorreu a 14 de janeiro, causando três mortos e sete feridos. Há uma investigação judicial a decorrer sobre o acidente, mas as causas da explosão ainda não são conhecidas.