Tailândia regista o maior número de ninhos de tartarugas marinhas raras devido à pandemia de Covid-19 - TVI

Tailândia regista o maior número de ninhos de tartarugas marinhas raras devido à pandemia de Covid-19

  • Rafaela Laja
  • 21 abr 2020, 11:09
Tartaruga Leatherback

Número de ninhos de tartarugas "Leatherbacks" é o mais alto dos últimos 20 anos. Estas tartarugas correm um alto risco de serem mortas por equipamentos de pesca e por seres humanos que perturbam a praia

As restrições devido à pandemia de Covid-19 estão a atrair cada vez mais a vida selvagem para muitas áreas, agora vazias. Na Tailândia, foi descoberto o maior número de ninhos de tartarugas marinhas raras dos últimos vinte anos.

Os 11 ninhos de tartarugas Leatherbacks que as autoridades descobriram desde novembro são o número mais alto dos últimos 20 anos, revelou o diretor do Centro Biológico Marinho de Phuket, Kongkiat Kittiwatanawong.

Este é um sinal muito bom para nós, porque muitas áreas de desova foram destruídas por humanos. Nenhum ninho deste tipo foi encontrado nos últimos cinco anos", disse o responsável.

No final de março, os funcionários de um parque nacional na província de Phang Nga, no sul da Tailândia, encontraram 84 tartarugas-bebés, depois de monitorizar os ovos durante dois meses.

Com 2.792 infecções e 47 mortes devido ao novo coronavírus à data de segunda-feira, as restrições na Tailândia, que vão desde a proibição de voos internacionais até ao apelo aos cidadãos para ficar em casa, resultaram num colapso no número de turistas e libertaram as praias para a vida selvagem.

Se compararmos com o ano anterior, não tivemos tantos filhotes, porque as tartarugas têm um alto risco de serem mortas por equipamentos de pesca e por seres humanos que perturbam a praia", explicou o tailandês.

As Leatherbacks são as maiores tartarugas marinhas do mundo e estão em ameaça de extinção na Tailândia. São ainda consideradas uma espécie vulnerável a nível global pela União Internacional para Conservação da Natureza.

Este tipo de tartarugas põem os ovos em áreas escuras e tranquilas: locais escassos quando os turistas enchem as praias. Também o hábito dos turistas cavar os ninhos e roubar os ovos é bem conhecido nesta região.

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