Coreia do Norte cria novos mísseis contra o Sul - TVI

Coreia do Norte cria novos mísseis contra o Sul

Coreia vai continuar a lançar mísseis

A Defesa Sul-Coreana assegura que o seu inimigo é uma ameaça ainda mais forte, agora que desenvolveu mísseis de médio alcance

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A Coreia do Norte desenvolve uma nova versão de mísseis de médio alcance para o seu arsenal e aumenta o contingente de seu Exército desde 2007.

A conclusão é de um relatório publicado nesta segunda-feira pelo Ministério da Defesa sul-coreano, que considera o país comunista como «ameaça directa e grave» à sua segurança, noticia a Efe.

De acordo com o estudo, o país vizinho começou a construir há dois anos um novo míssil de médio alcance, projectado no final de 1990, com um alcance de 3.000 km. A área de alcance do projéctil engloba toda a península da Coreia e também poderia atingir os territórios do Japão e parte da China e da Rússia.

Segundo a agência de notícias «Yonhap», a Coreia do Norte já havia exibido este míssil em Abril de 2007, durante a comemoração do 75º aniversário da fundação de seu Exército, embora o relatório não esclareça o número de projécteis ou a capacidade de suas ogivas.

O documento confirma que a Coreia do Norte aumentou o seu poderio militar, uma conclusão que surge devido ao aumento das ameaças do regime comunista contra os vizinhos, principalmente o governo de Seul.

Nos últimos dois anos, o país triplicou o número de forças especiais de infiltração para 180 mil soldados e conta hoje com 1,19 milhões de efectivos no Exército, refere ainda a

fonte.

«Pronta para a confrontação»

Na quinta-feira passada, dia 19 de Fevereiro, Pyongyang afirmou que está pronta para entrar em guerra com a vizinha Coreia do Sul. «O grupo de traidores não devem esquecer nunca que o Exército do Povo da Coreia do Norte está completamente pronto para uma confrontação», disse um militar, citado pela agência KCNA.

Um dia depois, o ministro sul-coreano da Defesa advertiu que o país bombardeará as bases de lançamento da Coreia do Norte se esta atacar com mísseis os navios sul-coreanos que ficam numa área da fronteira litigiosa no Mar Amarelo.

«Tomaremos medidas preventivas se o inimigo lançar um ataque com mísseis, e as bases norte-coreanas de onde procedem os mísseis devem ser atacadas porque isto significaria um ato evidente de agressão», afirmou o ministro Lee Sang Hee, no Parlamento.

O Ministério das Relações Exteriores da Coreia do Sul avisou que tal lançamento seria motivo para punições e mais isolamento. As duas Coreias, tecnicamente, ainda estão em guerra, já que nunca chegaram a um acordo formal de paz para encerrar o conflito que durou de 1950 a 1953.

Seul também cortou a ajuda ao vizinho, porque Pyongyang tem sido devagar no processo de encerramento de seu programa nuclear. O país, contudo, ressalta a condição de pobreza do vizinho. O ministro da Unificação da Coreia do Sul disse ao parlamento que a Coreia do Norte ficou 20% abaixo do nível mínimo de produção de comida necessária para seus 23 milhões de habitantes, apesar de ter tido uma das melhores colheitas.
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