Príncipe Harry e Meghan Markle ameaçados de morte por grupo neonazi - TVI

Príncipe Harry e Meghan Markle ameaçados de morte por grupo neonazi

  • MC
  • 6 dez 2018, 16:22
Príncipe Harry e Meghan Markle

Um estudante universitário da cidade de Bath, no Reino Unido, e um adolescente londrino são alegadamente membros de um violento grupo britânico neonazi, que enviou ameaças de morte aos duques de Sussex

O príncipe Harry e Meghan Markle receberam ameaças de morte de um grupo britânico neonazi.

O grupo britânico neonazi, designado de Sonnenkrieg Division (divisão da guerra do sol, em tradução livre), é responsável por um cartaz e mensagens violentas divulgadas na Internet onde é sugerido que o príncipe Harry é um “traidor da raça” por ter protagonizado um casamento “inter-racial” com Meghan Markle. Alegam que, por esse motivo, o príncipe deveria ser morto.

De acordo com uma investigação da BBC, um estudante universitário de Bath, uma cidade em Inglaterra, e um adolescente londrino são alegadamente dois dos membros do grupo britânico neonazi. O grupo extremista é uma versão britânica da organização norte-americana Atomwaffen Division (divisão de armas atómicas, em tradução livre), que promove atos terroristas e que tem ídolos como Adolf Hitler e o assassino Charles Manson. O líder do grupo norte-americano, Brandon Russel, já foi condenado em 2018 a cinco anos de prisão, depois de terem sido encontrados materiais para produção de bombas no seu apartamento na Flórida.

A investigação da BBC estima que a versão britânica do grupo não tenha mais do que 10 a 15 membros do Reino Unido e outros ainda de países europeus.

A emissora de televisão britânica conseguiu ter acesso a mensagens trocadas entre membros do grupo britânico durante sete meses, através de uma plataforma de jogos online. As provas sugerem que o líder do grupo é Andre Dymock, de 21 anos, que nega a sua ligação, e Oskar Koczorowski, um adolescente de 17 anos, que é também associado do grupo.

As mensagens mostram neonazistas da Europa e dos Estados Unidos – protegidos por pseudónimos – a partilhar ideias racistas e a discutir a produção de material publicitário para incentivar à violência. A BBC conseguiu apurar que o pseudónimo “Blitzy” é Dymock.

O advogado de Dymock afirmou que todas as alegações da BBC estão "inteiramente incorretas" e revela que o estudante não é membro de nenhuma das organizações citadas e que qualquer interesse que o jovem possa ter manifestado está "associado aos seus estudos universitários".

Até ao momento, o Palácio Real britânico ainda não fez nenhuma declaração sobre o assunto.

Homicídio ligado ao grupo neonazi norte-americano

Jeanne Pepper Bernstein é mãe de um adolescente americano que foi alegadamente morto por um membro do grupo neonazi norte-americano. O homicídio de Blaze Bernstein está a ser tratado como um crime de ódio.

De acordo com a BBC, o rapaz foi morto porque era homossexual e judeu.

O grupo é uma doença e a única forma de erradicá-la é descobrir onde é que ele está localizado e acabar com ele”, afirmou a mãe do adolescente.

"Se isto aconteceu connosco pode acontecer em qualquer parte do mundo", acrescentou, por sua vez, o pai de Blaze, Gideon Bernstein.

A BBC comprometeu-se a entregar os dados da sua investigação às autoridades. De acordo com a investigação em curso, o grupo também aparece envolvido em casos de abuso sexual a jovens e tem incentivado à violência sobre mulheres. Ainda noutros cartazes divulgados na Internet, o grupo defende que todas as mulheres-polícia deviam ser violadas e mortas.

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