Breivik pede para ser considerado são no fim do julgamento

O julgamento de Anders Breivik, autor confesso dos massacres na Noruega a 22 de Julho de 2011, terminou nesta sexta-feira, com as alegações finais da defesa e do próprio acusado. A sentença será conhecida a 24 de Agosto.

O advogado de Breivik, Geir Lippestad, argumentou que o seu cliente foi motivado por extremismo político e insistiu na tese do homicida, que pretende ser considerado são pelo tribunal. Ao contrário da acusação, que defendeu a sua insanidade mental e recomendou que seja internado numa instituição psiquiátrica.

Lippestad pediu o castigo mais brando para Breivik, e os relatos da sessão de hoje dizem que, perturbado, se atrapalhou em tribunal quando o juiz perguntou se pedia a absolvição do réu, que é uma formalidade uma vez que Breivik não reconhece a acusação, acabando por responder que sim. Breivik enfrenta uma acusação por terrorismo. A pena máxima é 21 anos de prisão, mas a lei norueguesa permite prolongá-la se se considerar que existe perigo para a sociedade.

O Ministério Público também voltou hoje a defender a sua posição, que suscitou polémica, com o argumento de que há dúvida suficiente sobre a sanidade de Breivik, apesar de opiniões psiquiátricas contraditórias, e que seria pior condenar um psicótico a prisão do que um não psicótico a internamento psiquiátrico.

O tribunal ouviu ainda cinco sobreviventes dos atentados e depois ouviu pela última vez Anders Breivik, que voltou a insistir no seu discurso de extrema-direita e na ideia de que agiu em legítima defesa. Nessa altura, muitas das pessoas na assistência abandonaram a sala, em protesto.