Covid-19: Merkel diz que europeus vão poder viajar no verão - TVI

Covid-19: Merkel diz que europeus vão poder viajar no verão

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  • 8 mai 2021, 19:05

Segundo a chanceler alemã, a possibilidade de viajar para o exterior estará, inclusive, ao alcance das pessoas que ainda não foram vacinadas contra a doença

Angela Merkel afirmou, neste sábado, que os cidadãos europeus vão poder viajar no verão caso o número de casos de covid-19 continue a descer, destacando a situação em Portugal.

Enquanto a União Europeia está a desenvolver um “passaporte de vacinação” válido nos 27 países-membros, as férias de verão no exterior podem ser possíveis novamente, mesmo para pessoas que não foram vacinadas contra a covid-19, detalhou.

Se se olhar para a baixa incidência [de covid-19] que alguns de nossos países parceiros europeus já têm... estou muito esperançosa de que, de um modo geral, também possamos fazer o que foi possível no verão passado”, afirmou a chanceler alemã, sublinhando a descida acentuada de casos em Portugal nos últimos meses, após o período de confinamento geral.

Portugal tinha uma das taxas de infeção mais altas do mundo em janeiro, mas na sexta-feira a média móvel a sete dias de novos casos diários era de 3,3 por 100.000 habitantes, isto é, um quarto da taxa nos Estados Unidos.

Passo a passo, mas julgo que será possível também na Alemanha, onde a incidência de casos diminui, e espero que isso ocorra em toda a Europa”, desejou.

Merkel falou com os jornalistas em Berlim, de onde participou remotamente na cimeira da União Europeia que decorreu no Porto e onde foram discutidas, entre outras questões, o esforço para desenvolver um "certificado verde" que facilitaria as viagens no verão.

Contudo, mesmo que o número de casos diários continue a diminuir, alguns países provavelmente vão impor restrições, como testes obrigatórios e um período de quarentena, para os viajantes que não provem que foram vacinados ou recuperaram da infeção.

Merkel pede aos EUA que abram o "mercado" e permitam exportações de vacinas

Angela Merkel reiterou hoje a oposição ao levantamento das patentes das vacinas contra a covid-19 e pediu aos Estados Unidos que abram o "mercado" para permitir as exportações.

Desejo que agora que grande parte da população norte-americana já foi vacinada, possamos ter uma livre troca de componentes e também uma abertura do mercado de vacinas”, disse a chanceler, numa conferência coletiva, destacando que a União Europeia exporta "uma grande parte" da sua produção de vacinas.

“A União Europeia sempre exportou grande parte da sua produção para o mundo e, por isso, tal também deve tornar-se a regra, por assim dizer”, argumentou Merkel, citada pela agência France-Presse.

Para a chanceler alemã, a questão principal é "levar o mais rápido possível o maior número possível de vacinas ao maior número de pessoas no mundo" e, para isso, “é preciso conceder licenças”, tal como "está a acontecer em grande escala."

Ao mesmo tempo, frisou, é “muito importante que os detentores de patentes também monitorizem a qualidade da produção”.

O presidente francês, Emmanuel Macron, também pediu hoje aos "anglo-saxões" que parem de bloquear as exportações.

Macron sublinhou que de 110 milhões de doses produzidas na Europa, a UE exportou 45 milhões e guardou 65 milhões e lamentou que “100% das vacinas produzidas nos Estados Unidos da América vão para o mercado norte-americano”.

A chanceler alemã também reiterou a sua oposição ao levantamento das patentes de vacinas, proposto pelo governo dos EUA, liderado por Joe Biden.

Esclareço mais uma vez que não acredito que o levantamento de patentes seja a solução para disponibilizar vacinas a mais pessoas”, disse Merkel, explicando acreditar que “a criatividade e a inovação empresarial são necessárias” e isso, sustentou, "inclui as patentes”.

O Papa Francisco apoiou hoje a proposta de suspender as patentes de vacinas contra a covid-19, a fim de acelerar a distribuição de vacinas aos países pobres.

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