Luanda julga ex-militares da UNITA acusados de assalto à presidência do país - TVI

Luanda julga ex-militares da UNITA acusados de assalto à presidência do país

Luanda (Reuters)

Os 37 presentes a tribunal são acusados de atentar contra o Presidente da República, recorrendo até a rituais de feitiçaria. A 30 de janeiro, estariam a preparar-se para assaltar o Palácio Presidencial

Depois do secretismo que envolveu o processo instrutório, um grupo de 37 angolanos começa a ser julgado esta sexta-feira, em Luanda, sob a acusação de associação de malfeitores, rebelião e atentado contra o Presidente da República, na forma frustrada. Incluindo, o recurso a rituais de feitiçaria.

Os arguidos foram detidos pela Polícia Nacional, na noite de 30 de janeiro, por alegada tentativa de assalto ao Palácio Presidencial, na madrugada seguinte.

São na sua maioria militares desmobilizados das FALA (Forças Armadas de Libertação de Angola), o braço militar da UNITA (União Nacional para a Independência Total de Angola), que lutou na guerra civil que marcou o país até 2002.

Segundo a acusação apresentada na 14.ª secção do Tribunal Provincial de Luanda, os arguidos são acusados de posse ilegal de arma de fogo e o grupo, inicialmente composto por mais de 60 pessoas, foi denominado por "Linha Estrela Brilhante".

Estavam armados e fugiram

De acordo com fonte policial citada pela agência noticiosa angolana ANGOP, dos dos acusados continuam foragidos.

Segundo a acusação, um grupo de 60 elementos pretendiam na madruga do dia 31 de Janeiro assaltar à mão armada o Palácio Presidencial. Antes, quereriam ocupar as instalações da rádio e televisões públicas.

Os actos executórios iniciaram no final da noite do dia 30 de Janeiro, quando cerca de sessenta elementos se posicionaram, em pontos estratégicos nas proximidades do Palácio Presidencial e Largo da Independência, tendo despertado as atenções das forças da Policia Nacional”, frisou a fonta de ANGOP.

Na acção, as forças da ordem terão surpreendido os elementos. Detiveram uma parte do grupo, que estava munido com armas automáticas do tipo AKM-47, sendo que alguns se colocaram em fuga “ desenfreada”.

Nos dias seguintes, foram capturados outros elementos da associação, somando 37 os que são agora presentes ao Tribunal Provincial de Luanda.

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