UNITA vai até ao Constitucional para contestar resultados eleitorais - TVI

UNITA vai até ao Constitucional para contestar resultados eleitorais

  • VC com Lusa
  • 29 ago 2017, 19:00
Isaías Samakuva - UNITA

Maior partido da oposição fala em incumprimento da lei por parte da maioria das comissões provinciais. Resultados provisórios dão vitória ao MPLA com 61% dos votos

A UNITA garante que vai recorrer para o Tribunal Constitucional por causa de alegados incumprimentos no apuramento dos resultados das eleições gerais em Angola, que decorreram a 23 de agosto..

Segundo um comunicado do secretariado executivo da comissão política da UNITA enviado à Lusa, aquele partido refere que apenas as CPE de Cabinda, Uíge e Zaire "respeitaram a lei", no que toca ao recurso à "totalidade das atas das operações emitidas em todas as mesas de voto", de cada província, para o respetivo apuramento provincial, que antecede o escrutínio nacional, conforme prevê a lei eleitoral.

Aliás, sem a centralização dos resultados provinciais, nos termos do artigo 131.º da referida lei, não pode haver resultados definitivos, imperativos para a distribuição de mandatos".

Depois dos resultados provisórios terem dado a vitória ao MPLA, com 61% dos votos e uma projeção de 150 deputados (maioria qualificada), além da eleição de João Lourenço como próximo Presidente da República, a UNITA - maior partido da oposição - logo veio rejeitar. Ainda antes dos resultados provisórios serem tornados públicos, o MPLA já tinha anunciado vitória. A UNITA logo contestou.

Já hoje, o cabeça-de-lista do Partido de Renovação Social (PRS) admitiu também impugnar as eleições gerais angolanas, considerando que "demonstram o cúmulo da falta de transparência".

Com certeza da nossa parte poderemos mesmo impugnar os resultados dessas eleições. Se não houver correção e demonstrações de como os resultados apareceram não estamos em condições de reconhecer esses resultados", disse Benedito Daniel, que é também presidente do PRS, terceiro maior partido da oposição, em declarações à agência Lusa.

Os resultados provisórios das eleições gerais de 23 de agosto divulgados pela Comissão Nacional Eleitoral (CNE) também não são reconhecidos pela CASA-CE.

 

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