Tragédia de Berlim não foi maior porque camião travou automaticamente - TVI

Tragédia de Berlim não foi maior porque camião travou automaticamente

Ministério Público alemão anuncia também a libertação do tunisino de 40 anos suspeito de ter sido cúmplice de Anis Amri no atentado de 19 de dezembro

O ataque ao mercado de Natal de Berlim, a 19 de dezembro, em que morreram 12 pessoas, não causou mais vítimas porque o camião usado para abalroar a multidão travou automaticamente.

A conclusão é avançada, nesta quinta-feira, pelo Ministério Público alemão, que indicou que o sistema de travagem automática fez parar o veículo com matrícula polaca ao fim de 70/80 metros, evitando, por isso, mais baixas.

A porta-voz da procuradoria alemã, Frauke Koehler, anunciou ainda que o tunisino de 40 anos detido na quarta-feira, por suspeitas de cumplicidade com Anis Amri no atentado na capital alemã, foi libertado.

Segundo apurou a investigação, a pessoa detida não era o contacto de Anis Amri e, nesse sentido, foi libertada”, afirmou.

Um homem foi detido em Tempelhof, Berlim, na sequência de buscas realizadas ao seu apartamento e empresa, e depois de o seu número de telefone ter sido encontrado no telemóvel que Anis Amri deixou no camião.

Frauke Koehler adiantou, também, que o calibre da arma usada por Anis Amri para matar o motorista polaco é o mesmo daquela que foi disparada pelo tunisino contra a patrulha italiana, em Milão. Na resposta, a polícia italiana abateu o atacante tunisino.

Buscas em Itália

A polícia italiana realizou buscas em três casas em Roma, onde Anis Amri terá passado algum tempo, disse fonte judicial à agência Reuters, nesta quinta-feira.

Anis Amri chegou à Europa em 2011, de barco, à ilha de Lampedusa, em Itália.

As buscas centraram-se em Roma e nos arredores, em Acilia, onde o tunisino terá vivido depois de ser libertado da prisão na Sicília, em 2015.

Nesta quinta-feira, em conferência de imprensa, o primeiro-ministro Paolo Gentiloni disse que Anis Amri poderia estar já radicalizado quando chegou à Europa, mas que as autoridades italianas não tinham registo de “eventuais ligações” a grupos terroristas.

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