Canadiano desaparecido em 2012 foi encontrado vivo no Brasil - TVI

Canadiano desaparecido em 2012 foi encontrado vivo no Brasil

Os dois irmãos, Anton Pilipa e Stefan Pilipa

Anton Pilipa já regressou a casa, com o irmão. Está feliz e assume que tem sorte “em estar vivo”

Anton Pilipa, de 39 anos, nascido em Toronto, no Canadá, estava desaparecido desde 2012. Foi encontrado, cinco anos depois, no Brasil. Entretanto, já regressou a casa acompanhado pela família.

Anton tinha começado um tratamento para a esquizofrenia, quando despareceu sem deixar qualquer pista. Abandonou a casa, deixou as roupas e os documentos, escreve a CBCNews Toronto.

O irmão, Stefan Pilipa, contou à CBC que acredita que Anton fez parte do caminho, até ao Brasil, a pé. Algumas vezes descalço, outras vezes a apanhar boleia de camiões.

“Estou feliz, mas surpreendido por ele estar vivo e ter aguentado até aqui”, confessa.

Em novembro do ano passado, um polícia da brigada de trânsito encontrou Anton numa autoestrada do estado brasileiro de Rondônia. Ele, que não sabe falar português, apenas conseguiu dizer que se chamava Anton. Foi levado para um hospital, em Porto Velho, mas fugiu antes que as autoridades conseguissem identificá-lo.

Mas, ao terem percebido que era oriundo do Canadá, contactaram a embaixada dando conta do sucedido. Deram o nome de Anton e fizeram a descrição física dele, juntamente com uma foto que tinham tirado. Mais tarde, a embaixada confirmou que se tratava de um cidadão daquele país, desaparecido desde 2012.

 

A família soube em dezembro que Anton Pilipa tinha sido encontrado no Brasil, mas que tinha fugido de novo. Voltou a ser encontrado, em janeiro, pelas autoridades brasileiras em Manaus.

O regresso a casa era caro. Era preciso, por exemplo, pagar as despesas de saúde no Brasil, os serviços da embaixada ou os bilhetes de avião. A família criou uma página no GoFundMe e conseguiu reunir dinheiro suficiente para cobrir todas as despesas.

Em declarações à BBC Brasil, Anton explicou que tinha tirado comida e roupas dos caixotes do lixo e dormido na rua. Confessou ainda que estava “agradecido” e reconheceu que “tinha sorte em estar vivo”.

“Encontrámo-lo a tempo”, desabafou Stefan, já que a saúde de Anton começava a mostrar sinais perigosos de deterioração.

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