O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, pede uma negociação política urgente na Venezuela.
Guterres apela a um esforço, por parte do governo de Caracas e da oposição, para travarem a escalada de tensão e violência no país.
De acordo com o porta-voz das Nações Unidas: “O secretário-geral apela a todos os venezuelanos, particularmente aos que representam os poderes do Estado, para que façam todos os possíveis para diminuir a tensão, evitar mais violência e a perda de vidas, e encontrar um caminho para o diálogo político”.
Segundo Stephane Dujarric, no mesmo comunicado, “o único caminho a seguir é o diálogo político”.
Ontem, o Ministério Público do país ordenou uma investigação à eleição do passado domingo. A procuradora-geral não reconhece os resultados do sufrágio e considera "imoral" o organismo que o presidente da Nicolás Maduro quis eleger.
A oposição voltou às ruas dizendo que Maduro nunca terá a obediência dos populares e denunciando que a polícia dispara contra tudo o que vê. O presidente reclamou vitória nas eleições para a Assembleia Constituinte, alegando que mais de oito milhões votaram.
Maduro, parece cada vez mais isolado numa altura em que a União Europeia (UE) admite também não reconhecer os resultados eleitorais. Esta terça-feira, em Espanha, a vice-presidente do Partido Popular, Andrea Levy, disse que a UE deve seguir a mesma posição dos Estados Unidos e decretar sanções contra o governo venezuelano de Nicolás Maduro.
Entretanto, os opositores venezuelanos Leopoldo López e Antonio Ladezma, que se encontravam em regime de prisão domiciliária, terão sido levados para parte incerta pelos serviços de informações do regime.